Com nova resolução ambiental, Prefeitura de Macapá fortalece política pública para o setor produtivo

Nova medida vai impulsionar o desenvolvimento do agronegócio local, além de fomentar a economia da região

Por Elisa Maciel e Maison Brito - Secretaria Municipal de Comunicação Social

A Prefeitura de Macapá intensifica seu apoio ao setor do agronegócio na região, e com a nova Resolução nº 62/2024 do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amapá (COEMA), que regulamenta a Lei Complementar Federal 140, o município passa ter a competência para ampliar as áreas de licenciamento ambiental, aumentando o limite de 300 hectares para 1000 hectares por produtor.

A medida entrou em vigor na quinta-feira (2), após 14ª Reunião Plenária Extraordinária do COEMA, que discutiu e aprovou o texto da resolução. Com isso, a gestão municipal vai impulsionar o desenvolvimento do agronegócio local, além de fomentar a economia da região.

Com a expansão, serão beneficiados produtores rurais dos 9 distritos do município e suas respectivas comunidades. As licenças ambientais para atividades de impacto local são emitidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Postura Urbana (Semam).  

Entre as atividades beneficiadas com licenciamento estão o setor primário: agricultura familiar, criação de animais de pequeno e grande porte, plantio de culturas anuais e permanentes, dentre outras.

O licenciamento ambiental autoriza o produtor para o planejamento, construção, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Com a ampliação das áreas destinadas ao agronegócio, os produtores locais terão a chance de impulsionar sua produção, e com isso gerar o crescimento econômico e mais empregos na região. Todo desenvolvimento será conduzido de maneira sustentável, com respeito aos limites ambientais e foco na conservação do meio ambiente. É o que conta o Secretário de Meio Ambiente de Macapá, Valcir Marvulle.

“A Prefeitura de Macapá já licenciou desde 2021 aproximadamente 20 mil áreas para a prática de atividades agropecuárias, e poderá chegar, de imediato, de 60 a 100 mil hectares. A expansão vai atrair novos investidores para nossa capital”, ressaltou.

O que diz a Resolução nº 62/2024?

A Resolução estabelece os procedimentos, critérios e competências para o licenciamento ambiental no Estado do Amapá. O documento promove a proteção do meio ambiente, e garante o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente e harmonizar as políticas e ações administrativas entre os entes federativos.

O que muda com a nova resolução é a definição de critérios mais específicos para o licenciamento ambiental, bem como a estipulação de competências mais claras para os municípios do Amapá.

Incentivo ao homem do campo

Para o fomento das atividades que envolvem a agricultura familiar no município de Macapá, a Semam desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento da atividade primária ao realizar o licenciamento ambiental. Assim, as atividades de piscicultura, plantio de culturas anuais e permanentes, bem como de criação de animais de grande e médio porte obtiveram maiores valores se comparadas com anos anteriores.

Os tipos de licença ambiental estabelecidos pela resolução são: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO), Declaração de dispensa de licenciamento ambiental, Autorização Ambiental, e Empreendimentos de construção civil, industriais, agrícolas,  mineração, energia, transporte e serviços. 

Prefeitura de Macapá licencia mais de 50 produtores da comunidade ribeirinha Rio Pirativa

Com a licença ambiental, os produtores podem desenvolver de forma sustentável 23 atividades agropecuárias

Por Elisa Maciel - Secretaria Municipal de Comunicação Social


Nesta quinta-feira (18), 52 produtores da comunidade ribeirinha Rio Pirativa, a 13 KM de Macapá, receberam licenciamento ambiental para a prática de 23 atividades agropecuárias. A iniciativa da Prefeitura fortalece o setor primário, estimula a produção e o desenvolvimento sustentável agrícola da região. 

A autorização ambiental foi concedida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Postura Urbana (Semam) para os produtores da comunidade ribeirinha e faz parte da política de fortalecimento ao homem do campo da Prefeitura de Macapá. 

Trata-se de um licenciamento coletivo, modalidade inédita que abrange diversas práticas agropecuárias, entre elas o plantio e manejo de açaizais, uma das atividades executadas e meio de subsistência da comunidade. 

Valcir Marvulle, secretário de Meio Ambiente de Macapá, enfatiza a importância do licenciamento para regular e promover práticas sustentáveis nas atividades desempenhadas pelos produtores da região. 

“A principal atividade agrícola na comunidade é o extrativismo e manejo do açaí. Com a obtenção da autorização, esses produtores ganharão segurança para conduzir suas atividades e comercializar em Macapá, aproveitando o acesso da comunidade aos portos e áreas comerciais da capital. A iniciativa reflete uma política de estímulo à geração de renda na região”, disse. 

Marcela Pastana, representante dos produtores da comunidade Rio Pirativa, destaca que a autorização traz segurança jurídica para a prática de extração do fruto e permite o início de outras atividades listadas no licenciamento. 

“Com a autorização em mãos, surge a oportunidade de expandir nossa produção e explorar novas atividades, como a criação de animais. Agora vemos a possibilidade de aumentar nossa renda e proporcionar mais conforto para nossa família”, disse. 

Política de licenciamento ambiental

São mais de 1.200 agricultores familiares beneficiados na modalidade inédita de licenciamento coletivo, que abrange 23 atividades agropecuárias, entre elas: olericultura, fruticultura, plantio de culturas anuais e permanentes, plantio e manejo de açaizais, criação de animais de pequeno, médio e grande porte, como bubalinos, bovinos, ovinos e suínos. 


O licenciamento é concedido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Postura Urbana (Semam), em parceria com a Secretaria Municipal de Mobilização e Participação Popular (Semmopp), para que a produção local seja feita de forma responsável, contribuindo para a preservação ambiental e o fortalecimento das comunidades locais. 

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