‘Histórias ajudam a ensinar coisas boas’, diz mãe durante programação educativa no Bioparque da Amazônia

Dia Internacional do Contador de Histórias contou com uma programação especial para o público infantil.

Por Aline Paiva - Secretaria Municipal de Comunicação Social

Lindaci Pacheco ao lado dos filhos Ana Beatriz e Pedro Eduardo | Foto: Aline Paiva/PMM

‘’Histórias ajudam a ensinar coisas boas’’, disse Lindaci Pacheco, de 29 anos, mãe de dois alunos da Escola Municipal Caetano Dias Tomaz, durante a programação educativa realizada no Bioparque da Amazônia. Neste domingo (20), Dia Internacional do Contador de Histórias, a criançada viveu um momento mágico no parque.

Lindaci é mãe da pequena Ana Beatriz, de 8 anos, e do Pedro Eduardo, de 6 anos, que tem autismo. A dona de casa foi convidada pela escola a participar da atividade, uma forma de integrar a comunidade escolar com as famílias.

‘’Sou mãe de uma criança autista e sei que as histórias são boas, ajudam a explicar certas coisas do dia a dia. Meu filho enxerga o mundo de outra forma, por isso acho importantes esses tipos de atividades. Já viemos outras vezes no Bioparque e as crianças adoram’’, conta.

Cerca de 15 alunos participaram da programação pedagógica, feita com intuito de incentivar a criatividade. As ações que integram as instituições de ensino municipais fazem parte do projeto Circuito do Conhecimento, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A professora Jane Silva Lopes, que trabalha há 23 anos na Escola Caetano Tomaz, destaca que ações fora do ambiente escolar são importantes para o desenvolvimento das crianças.

“Trazer os alunos para um ambiente externo é necessário, principalmente agora com a melhora da pandemia, pois crianças ficaram muito tempo em casa. A visita no Bioparque possibilita conhecimento, tanto ambiental e hoje cultural, com a contação de histórias”, comenta.

Programação
Os contadores de histórias Fábio Souza, conhecido como ‘Tio Nescal’, e Izete Souza, especialista em gestão escolar, foram os responsáveis pela manhã cheia de surpresas.

“Hoje no nosso dia me sinto feliz em proporcionar este momento lúdico para as crianças. Contamos histórias educativas, para que elas adquiram uma mensagem para vida. Nossa função é proporcionar um faz de conta, deixando as crianças viverem este momento tão especial que é a infância”, ressalta Tio Nescal.

A apresentação cultural aconteceu nos Jardins dos Poetas e no Sensorial, ambos com acesso pela Trilha Sacaca. Livros, brincadeiras, músicas infantis, fizeram parte do cenário em que a imaginação vira realidade.

Após as brincadeiras, as crianças participaram de uma visita guiada com um guarda-parque, para explanações sobre a importância do meio ambiente e também da fauna e flora presente na unidade.

No período da tarde, a partir das 15h, o Jardim dos Poetas também recebe uma atração cultural. A artista amapaense Carla Nobre fará declarações de poesia destinada ao público em geral.

Bioparque
O Bioparque da Amazônia é uma fundação pública municipal, vinculada à Prefeitura de Macapá. O espaço natural possui uma área de 107 hectares de florestas, no meio do centro urbano de Macapá, localizado na rodovia Josmar Chaves Pinto, antiga JK. O parque funciona de quarta a domingo, das 9h às 17h. A bilheteria encerra às 16h20.

Em Macapá, Bioparque recebe exposição cultural que realça a beleza amazônica

Cores Que Encantam ficará disponível durante às quartas-feiras de março, dia de meia-entrada no parque.

Por Aline Paiva - Secretaria Municipal de Comunicação Social

Exposição Cores que Encantam estará disponível às quartas-feiras de março | Foto: Adevaldo Cunha/PMM

O Bioparque da Amazônia recebe a exposição cultural ‘Cores Que Encantam’, da artista plástica e violoncelista Tabita Pires Silva, com obras que retratam as belezas naturais da região norte, em tons vibrantes e traços em relevo.

A mostra está disponível para visitação às quartas-feiras de março, dia de meia-entrada no parque, no valor de R$ 5,00 o ingresso para todos os públicos. As telas estão expostas no espaço do Jardim dos Poetas, com acesso pela Trilha do Sacaca.

‘’O parque é um espaço social que vai além do turismo ecológico. Trabalhamos também com o incentivo à cultura. A exposição pretende proporcionar ao visitante um momento que exalta o meio ambiente. Os quadros ficam disponíveis em meio a natureza presente no local’’, destaca o diretor-presidente do Bioparque, José Aranha Neto.

Artista plástica Tabita Pires | Foto: Adevaldo Cunha/PMM

As telas retratam a essência amazônica em cores vibrantes de amarelo, azul, vermelho, verde, roxo e marrom. As tonalidades dão vida a avifauna tropical, com beija-flor-brilho-de-fogo, araras das espécies vermelha e canindé.

Um trabalho desenvolvido pela jovem Tabita Pires Silva, de 22 anos, filha do consagrado artista plástico Reginaldo Moraes. A exposição nasceu de um desejo de compartilhar as emoções.

“Sou vegetariana e sempre gostei de animais. Então resolvi pintá-los. Vejo as pigmentações, a paleta de cores e assim vou criando ideias. Aprendo com a imagem do pássaro para tela, seja com as sombras ou tons mais claros e escuros’’, conta a artista.

Obras
No Bioparque, os visitantes poderão apreciar três telas com traçados mais realistas, sejam com a plumagem em relevo ou linhas mais firmes. Um trabalho que reflete o dom das artes plásticas, vindo da genética, mas com despertar artístico na pandemia da Covid-19.

O primeiro quadro, que ilustra duas araras, foi pintado em 2020. Os outros dois retratam espécies de beija-flor, ilustrados em 2021. Além das três telas, será exposto o trabalho de pintura em um vaso, desenvolvido em homenagem à lenda amazônica do tajá.

‘’Fiquei apaixonada pelas duas araras, porque tem um carinho. Foi a primeira vez que pintei penas e demorou um mês para ficar pronto, pois a emoção expressa nas cores e nos traços. A segunda é de dois beija-flor-brilho-de-fogo, que tem uma pigmentação impressionante. A terceira é de outra espécie de beija-flor, que possui nas penas do peito uma propriedade que fica holográfica’’, explica a artista empolgada.

Bioparque
O Bioparque da Amazônia é uma fundação pública municipal, vinculada à Prefeitura de Macapá. O espaço, que agrega três biomas presentes no Amapá, fica localizado na rodovia Josmar Chaves Pinto, antiga JK.

O local funciona de quarta a domingo, das 9h às 17h. A bilheteria encerra às 16h20. Os visitantes podem participar de atividades voltadas para educação ambiental, contemplação da natureza e prática de esportes de aventura.

Artesanato comercializado por mulheres realça as belezas do Bioparque da Amazônia

O empreendimento feminino retrata os animais do parque através das mãos de artesãs. A comercialização acontece de quarta a domingo, das 9h às 17, no Bioparque.

Por Aline Paiva - Fundação Bioparque da Amazônia

A arte de reproduzir as belezas da fauna e flora da Amazônia encantam os visitantes do Bioparque. O trabalho de transformar as riquezas naturais em artesanato é realizado por Marcia Bezerra, de 44 anos, que atua dentro da unidade desde a reabertura, em uma barraca fixa de madeira.

No Bioparque Marcia uniu as duas paixões da sua vida, o artesanato e a natureza. ‘’Estou muito feliz em trabalhar no Bioparque. Faço o que eu amo no lugar que sou apaixonada. Tudo é produzido com amor. Inauguramos o projeto da barraca de artesanato fixo em maio. Desde então foi só sucesso’’, conta.

Marcia criava produtos desde muito jovem, um dom que ela carrega com orgulho, pois repassa aos clientes um trabalho realizado com carinho, feito nos mínimos detalhes. Com a técnica japonesa amigurumi, a artesã produz os animais que habitam o parque em crochê.

‘’Meus produtos têm como tema o Bioparque. Produzo em crochê a onça, o jacaré, os macacos, as cobras, os sapos, borboletas e o bicho preguiça, que é líder de vendas. Além dos amigurumis, vendo tapetes, filtros dos sonhos e chaveiros’’, declara a artesã.

Barraca fixa
A artesã já tinha participado de feiras de artesanato itinerante dentro do Bioparque, mas foi só com o projeto da barraca de madeira, que ela mesmo planejou, que se estabeleceu no local de maneira permanente.

‘’Pensei bastante em uma barraca que fosse confortável. Então criei o projeto dessa barraca fixa, que tem telhado e cortina de plástico. Se chover, baixo a cortina e não molha os produtos. O espaço foi projetado para deixar o material dentro, pois abaixo do balcão tem gavetas. Tudo prático, bem prático’’, detalha Marcia.

Dona Marcia chamou a amiga Ferloana Lima, de 37 anos, para crescerem juntas. O empreendimento feminino tem dado resultado, com a renda do artesanato as duas conseguem sustentar suas famílias.

‘’Antes do Bioparque eu trabalhava como vendedora de roupas e em lanchonetes. Tenho cinco filhos para criar e com a venda das minhas tiaras, laços, sandálias customizadas e acessórios aqui no parque não falta nada em casa. Daqui tiro o sustento de tudo, desde a alimentação, a vestimenta e medicamentos’’, conta Ferloana.

Artesanato no Bioparque
Desde a reabertura do Bioparque, realizada no mês de maio, o parque conta com um espaço dedicado ao artesanato fixo com duas barracas de madeira. Os produtos artesanais buscam a essência amazônica.

De acordo com o diretor-presidente do Bioparque, Marcelo Oliveira, é importante incentivar o empreendedorismo, principalmente os que ressaltam as belezas naturais amazônicas.

“As artesãs fazem parte da família do Bioparque. Os visitantes acabam levando para casa uma lembrança do local, retratada através de um trabalho incrível que destaca a beleza amazônica. Nossa missão também é social, vai além de lazer e educação ambiental. Também vamos ampliar o projeto, para que outras pessoas possam participar’’, enfatiza o gestor.

A comercialização dos artesanatos é realizada de quarta a domingo, das 9h às 17h. As barracas ficam próximas à praça de alimentação do Bioparque.