A proteção da fauna amazônica é uma das vertentes trabalhadas no Bioparque, um espaço de 107 hectares de florestas dentro da área urbana de Macapá. Localizado a 15 minutos do centro da cidade, com acesso pela rodovia Josmar Chaves Pinto, o parque conta com 79 animais, das classes de aves, mamíferos e répteis.
Os moradores da unidade diariamente recebem cuidados especiais. A atenção diferenciada vem dos tratadores, veterinários e biólogos, que cuidam da parte nutricional e de saúde, proporcionando segurança e qualidade de vida aos animais.
‘’A maioria dos animais estão em manejo permanente, ou seja, não possuem condições de ressocialização ao seu habitat natural. As espécies são oriundas de apreensões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente [Ibama] e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente [Sema]. Além disso, cuidamos dos quatis que vivem livres na vegetação local’’, explica o biólogo responsável do parque, Breno Nery.
Conheça os moradores:
Aves
O morador mais antigo do Bioparque é um urubu-rei, com aproximadamente 44 anos de idade. O animal chegou ao espaço em 1993, em bom estado de saúde, apenas com uma deficiência na visão. Na natureza, eles recebem este nome devido o porte grande, bico poderoso e hierarquia na hora da alimentação.
Na classe das aves, também é realizado o manejo de araras vermelhas, maracanãs e de um papagaio.
Mamíferos
O parque conta com três antas, a fêmea Tacha e seus dois filhos, Bil e Alfredinho. O animal é considerado o maior mamífero terrestre da América Latina e atualmente corre risco de extinção. Por ser herbívoro, a alimentação é rica em fibras, frutas e sementes.
Outro morador é o Fera, uma onça pitada que chegou ao Bioparque há cerca de 1 ano e meio. O felino tem aproximadamente 6 anos de idade e apenas 10% da visão, por isso recebe uma atenção diferenciada no local, com uma alimentação balanceada para o seu porte.
O Bioparque realiza um trabalho de estabilização de três peixes-boi. Para isso, no primeiro semestre de 2021, foi assinado um acordo de cooperação técnica com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, que garante recursos, desenvolve pesquisa científica e auxilia no tratamento de animais marinhos.
Ainda na classe dos mamíferos, o parque cuida de macacos aranhas e pregos e de uma guariba.
Répteis
Os répteis são dominante no local. Um exemplo é o jacaré-açu que foi resgatado em 2020 na orla de Macapá. Ele tem aproximadamente 3 metros de comprimento, por isso fica em um espaço arejado, recebendo todos os cuidados necessários.
Os jabutis carumbé de pé vermelho, aperemas, tartarugas da Amazônia e tracajás também são a sensação do parque.
Bioparque
O Bioparque da Amazônia é uma fundação pública municipal, vinculada à Prefeitura de Macapá. O espaço agrega três biomas presentes no Amapá. Os visitantes podem participar de atividades voltadas para educação ambiental, contemplação da natureza e prática de esportes de aventura, como arborismo, canoagem e tirolesa. Durante todo o passeio é obrigatório o uso de máscara de proteção.