Os 264 anos de Macapá estão chegando e para comemorar a data, a Prefeitura lança a partir desta quarta-feira (2), a série especial “Macapá de encontros”, que vai contar um pouco da história e evolução da capital banhada pelo rio Amazonas, e que está entre os hemisfério norte e sul.
A história de Macapá se desenvolveu através da união de famílias ribeirinhas que formaram a então vila de Macapá, em fevereiro de 1758. A partir disso, suas vivências, crenças e traços, contribuíram para a cidade que conhecemos hoje.
O dia-a-dia dessas pessoas geram as necessidades estruturais. Um local para demonstração de fé e devoção, e assim foi construído o primeiro monumento de Macapá, a igreja de São José. Um espaço para venda de frutas e legumes, o desenvolvimento comercial se deu a partir do Mercado Central.
Com localização privilegiada, por ter o rio Amazonas como principal acesso, fonte de trabalho e sobrevivência, notou-se a necessidade de proteger essa terra, então foi construída a maior obra arquitetônica de Macapá, a Fortaleza de São José. E assim os prédios foram dando identidade ao povo.
Pesquisas realizadas pela doutora e professora da Universidade Federal do Amapá, Eloana Cantuária, mostram que Macapá teve várias inspirações arquitetônicas ao longo do tempo. Em seus estudos, a pesquisadora destaca a influência neocolonial com o uso da simetria, das linhas retas, horizontalidade, limpeza ornamental, encontrados no Colégio Amapaense, a Casa do Governador e a escola Santina Rioli.
A partir do final da década de 1960, é identificada uma nova reforma estrutural na cidade com a criação de novas ruas e avenidas e obras públicas. A cidade também tem traços do Art Déco vistos no prédio atual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
É possível identificar vários exemplares da arquitetura moderna, como o prédio do Batalhão de Polícia Militar e o colégio Tiradentes. Além da moderna arquitetura macapaense com influência regionalistas e bioclimáticas como o Museu Sacaca e a Casa do Artesão.
“Cada período conta uma parte da história da cidade: quando aqui era um povoado paraense, depois virou cidade planejada, quando nos tornamos capital de um Território, quando a cidade se modernizou e cresceu. Quando virou capital do Estado, quando se expandiu para o norte, sul e oeste. Quando vai virando metrópole regional. E quando abandona seu passado com a verticalização. Ainda existe tempo para proteger e restaurar as edificações importantes, mas é necessário compromisso e trabalho especializado”, destacou a doutora.
Inovação
A cidade de Macapá avança para ser referência em projetos arquitetônicos ousados e robustos. Baseadas nas novas cidades inteligentes, a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura Urbana (Semob) trabalha para integrar pessoas, serviços, desenvolvimento econômico e qualidade de vida, através das novas edificações.
Seguindo esse conceito, as novas obras municipais utilizam tecnologia e materiais que aceleram o tempo de execução, aumentam a durabilidade e o tempo de manutenção. Dentro desse eixo, estão três novos equipamentos públicos.
1 – Revitalização da Alameda
O diferencial desse projeto é a utilização de parklets, que são pequenas construções criadas onde anteriormente havia vagas de estacionamento de carros. O objetivo é proporcionar um espaço de lazer seguro para circulação de pedestres.
2 – Praça Jaci Barata
A nova praça Jaci Barata tem uma área de pouco mais 96 mil m² e foi projetada pela renomada arquiteta Rosa Grena Kliass, de 88 anos, especialista em paisagismo. O novo espaço de lazer terá ambientes desenvolvidos para a prática de esportes, contemplação com jardins, deck de madeira, redário, bicicletário, estacionamento, campo gramado, campo de areia e espaço de convivência com um lago e jardins.
3 – Escola Pequeno Príncipe
A nova Escola Municipal Pequeno Príncipe, no centro de Macapá, vai garantir ao aluno da rede municipal de ensino um ambiente escolar amplo, seguro e com acessibilidade. O novo projeto arquitetônico traz os ambientes pedagógicos e a inclusão social como pontos de partida para a elaboração dos espaços e distribuição dos ambientes socioeducativos.
O novo prédio terá dois andares. A estrutura no primeiro andar contemplará cinco salas de aula, todos os ambientes administrativos, ampla biblioteca, sala multiuso, banheiros, lavanderia, rouparia, vestiários femininos e masculinos, copa para funcionários, cozinha, despensa, jardim e playground. O segundo andar conta com sete salas de aula, área de circulação e banheiros.