Pautas voltadas para o combate ao preconceito, racismo e violência escolar, foram temas dos trabalhos apresentados pelos mais de 500 alunos, do 1º ao 5º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria Celes Coutinho, localizada na Zona Norte de Macapá.
O tema Consciência Negra e Família foi trabalhado em sala de aula, durante todo o mês de novembro, e encerraram na tarde desta quinta-feira (30), com mostras de trabalhos, apresentações dos alunos, danças de marabaixo, entre outras atividades.
Os objetivos do projeto tratam da necessidade de valorização e respeito à pessoa preta e as influências da cultura africana no Amapá e no Brasil.
Para a diretora da escola, Francielly Karine, é de fundamental importância trazer o assunto para debate no ambiente escolar, uma vez que, a instituição de ensino também tem responsabilidade na formação da consciência de seus alunos. “O tema que trouxemos foi pensando na questão do respeito e na importância dos familiares no aprendizado das crianças. Quando a gente traz a família para dentro da escola, permitimos que o aluno se sinta mais seguro para se mostrar da mesma forma que ele se porta na sua própria casa”, ressaltou a diretora.
Neste sentido, a dona de casa Antônia de Moraes, de 36 anos, mãe da aluna, Maria Eduarda, falou da importância do projeto para o desenvolvimento da filha. “Eu gosto de estar presente na escola, acompanhando todos os trabalhos, nos quais minha filha está envolvida. Fico feliz de ver o quanto ela gosta de estudar aqui”, disse a mãe da menina.
Por sua vez, a filha Maria Eduarda, de 8 anos, estudante do 3ª ano, falou com desenvoltura sobre a sua apresentação. “Aprendi a dançar marabaixo e hoje vou me apresentar com minhas amigas”.
Evento contou com palestras do Conselho Tutelar, do Policiamento Escolar e discurso do pastor Thiago Gomes, da igreja adventista da zona norte.
O presidente do Conselho Tutelar da Zona Norte, Reginaldo Faraó, destacou a prioridade que os pais devem dar aos filhos, em todos os aspectos de suas vidas, seja na escola, nas ruas ou no seio familiar. “Muitas vezes, o adolescente que dá trabalho, é aquela criança que não teve a atenção necessária, quando deveria. Os pais precisam estar atentos aos sentimentos dos filhos, se mostrarem amorosos e presentes em todas as fases da vida deles. Isso faz a diferença, desde a infância até a vida adulta”, evidenciou o presidente.
Além de incentivar a pesquisa e promover conhecimentos, a iniciativa busca aproximar a família do ambiente escolar, trazendo uma programação diversificada e inclusiva, aberta a toda a comunidade do entorno da escola.
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