Macapá Verão 2022: Representantes de religiões de matrizes africanas se reúnem no Bioparque da Amazônia

Iniciativa veio para dar visibilidade às atividades dessas comunidades tradicionais.

Por Alexssandro Lima - Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Atividade aconteceu no Bioparque da Amazônia | Foto: Abel Neto/PMM

A quinta-feira (28) foi cheia de muito axé, manifestações de fé, batuques e cantorias direcionadas às entidades de religiões de matriz africanas de Macapá. A atividade que aconteceu no Bioparque da Amazônia foi promovida pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), em parceria com o Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) e veio para dar visibilidade às atividades dessas comunidades tradicionais.

Para o babalorixá, Reginaldo Santos, representante do terreiro de umbanda Zé Pelintra, eventos como este servem, também, para confraternizar e para colocar em prática o respeito que todos devem ter por todas as religiões, especialmente as de matriz africana.

“Inserir nosso encontro na programação oficial é uma forma de demonstrar o respeito que a Prefeitura de Macapá tem por todas as religiões. Estamos muito felizes, pois este é um momento de confraternizar e aproveitar para pedir respeito de todos”, ressalta.

Babalorixá Reginaldo Santos | Foto: Alexssandro Lima

A dona de casa Socorro Valente, de 54 anos, disse que soube do encontro por meio do site da Prefeitura de Macapá, foi quando aproveitou a oportunidade de conhecer um pouco mais dessas religiões.

“Tinha muita curiosidade em saber um pouco mais, mas nunca tive oportunidade. Quando vi a programação no site da Prefeitura, me organizei para participar. As canções são lindas e todas com uma energia muito boa”, diz.

Socorro Valente acompanhou pela primeira a apresentação dos grupos de religião de matriz africana | Foto: Alexssandro Lima/PMM

A diretora-presidente do Improir, Maria Carolina Monteiro, destaca que as ações do instituto também englobam as políticas públicas voltadas a todas as religiões, sem distinção de manifestação.

“Nós, enquanto executores da política pública de igualdade racial, devemos dar visibilidade e destacar a importância cultural que as religiões de matrizes africanas têm para a história do povo preto. Além disso, trabalhamos para reforçar a importância de encontros como esses, que lutam contra o racismo e o combate à intolerância, valorizando, assim, a força ancestral que as manifestações têm para subverter o processo de negação de direitos”, explica.