Improir leva Museu Gertrudes Saturnino para o Bioparque da Amazônia

Acervo está disponível no espaço Guia do Meio do Mundo com acesso pela trilha Pau-Brasil.

Por Alexssandro Lima - Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Exposição acontece no espaço do Guia do Meio do Mundo | Foto: Arquivo/PMM

Com o intuito de resgatar, expor e disseminar a história da população negra amapaense, o Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) iniciou nesta quarta-feira (23), no Bioparque da Amazônia, uma exposição itinerante do Museu do Negro. A atividade acontece no espaço do Guia do Meio do Mundo com acesso pela trilha Pau-Brasil.

“Esta é uma ótima oportunidade para quem ainda não conhece o Museu e seus artefatos. No Bioparque estamos aliando turismo ecológico ao conhecimento histórico”, diz a diretora-presidente do Improir, Maria Carolina Monteiro.

Com um misto de museu e de espaço sagrado, cerca de duzentas obras entre pinturas, esculturas, documentos, manuscritos, fotografias, livros e objetos históricos, integram a mostra em uma representação da história do Amapá.

Além disso, o Museu do Negro também abriga, registros litúrgicos, peças das Louceiras do Maruanum, indumentárias, instrumentos musicais de percussão do batuque do Marabaixo e da capoeira, santidades de religiões de matrizes africanas que, no sincretismo religioso, dão alusão aos santos ligados ao catolicismo, entre outros elementos que remetem a cultura afroamapaense.

São materiais que retratam a energia, vitalidade, diversidade sociocultural, ancestralidade e representatividade.

A gerente de projetos e pesquisas Beatriz Priscila, de 23 anos, mora no bairro da Fazendinha e visitou a exposição. Ela conta que o acervo do museu é uma das formas de conhecer mais sobre a cultura afroamapaense. “Foi como viajar no tempo e conhecer de perto os costumes, tradições e toda a história do meu estado”, diz.

O chefe de divisão do Museu, Fábio Bernardo, destaca a importância do projeto itinerante que o Improir tem enquanto meio de conexão com a tradição e herança negra.

“Um museu capaz de colaborar na construção de um Estado mais justo, democrático e igualitário do ponto de vista social. É um espaço aberto a pluralidade e ao reconhecimento da diversidade no plano cultural, mas também capaz de reatar os laços com a diáspora negra, promovendo trocas entre a tradição e a herança local”, ressalta.

Afroempreendedorismo no Bioparque
Além do acervo do Museu do Negro, as afroempreendedoras estão com um espaço para a comercialização dos seus produtos como bonecas, grafismos, brincos, chaveiros, anéis, colares feitos de sementes e várias vestimentas de estampas afro, além de uma variedade de artigos que remetem a cultura local. Os produtos das artesãs também ficaram disponíveis para venda até o próximo domingo (27).

Serviço
O Bioparque da Amazônia está localizado na rodovia Josmar Chaves Pinto, antiga JK, e a exposição do Museu do Negro acontece até o domingo (27),  das 13h às 17h.