‘Eu tenho a prática, eles trouxeram a teoria’, diz empreendedora ao participar de capacitação profissional no Curiaú, em Macapá

Comunidade quilombola recebeu palestras promovidas pelo projeto 'Despertar' da Prefeitura de Macapá.

Por Mônica Silva e Wellington Diego Barros* - Secretaria Municipal do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação

Nádia Araújo, 41 anos, é empreendedora e moradora da comunidade quilombola do Curiaú | Foto: Wellington Diego Barros/PMM

“Eu já tenho meu pequeno negócio, mas somar conhecimento nunca é de mais. Eles trouxeram a teoria e eu fiz questão de participar de todas as palestras”, disse Nádia Araújo, de 41 anos. A empreendedora é uma das moradoras da comunidade quilombola do Curiaú, que recebeu ciclo de palestras promovido pela Prefeitura de Macapá.

As palestras proporcionaram conhecimento nas áreas de educação financeira, cooperativismo, planejamento e empreendedorismo, atendimento ao público, técnicas modernas de venda e pós-venda, marketing digital, precificação, gestão de negócio e exportação, mercado de compra e venda digital, além de orientação da importância da Língua Portuguesa. A iniciativa da prefeitura é coordenada pela Secretaria Municipal do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semtradi) e faz parte do projeto “Despertar”.

O titular da Semtradi, Augusto Félix, destacou que a ideia é facilitar os passos de quem quer abrir um negócio, fomentando o empreendedorismo para fazer de Macapá uma cidade melhor e com mais oportunidades. “Levamos dicas, palestras e ofertamos capacitação nos bairros de Macapá”, disse o secretário.

Claudete Costa, de 51 anos, é diretora da Escola Quilombola José Bonifácio, também aproveitou a oportunidade para fomentar o empreendedorismo entre os alunos. Ela destacou que a instituição já trabalha a temática com os alunos.

“Despertamos para o empreendedorismo a partir de uma árvore de jenipapo que caiu no prédio da escola e pensamos em utilizar seus trincos para trabalhar com confecção de artesanato”, disse a diretora.

Jackson Monteiro, de 14 anos, estudante da escola Quilombola José Bonifácio, não esconde a satisfação de estar buscando novas ideias, conhecimento e outros incentivos para o projeto.

“A diretora apresentou o projeto, eu gostei da ideia e hoje vim aqui participar desse momento de aprendizado”, mencionou o aluno.

Diretora Claudete Costa e aluno Jackson Monteiro durante palestra realizada neste sábado (9) | Foto: Wellington Diego Barros/PMM

Dona de uma pequena venda de produtos artesanais, Maria Lucia Miranda, de 53 anos, contou que esperava pela oportunidade há um tempo.

“Sempre foi difícil para mim sair daqui e buscar cursos ou outras capacitações profissionais. Eu recebi muitas dicas sobre meu negócio, e sei que vão me ajudar a ter sucesso”, conclui a empreendedora.

A oferta de qualificação para os afroempreendedores do Curiaú surgiu após o Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) promover uma escuta pública na comunidade, no último sábado (2), e identificar as principais necessidades.

Empreendedoras tiveram oportunidade de adquirir conhecimento em diversas áreas | Foto: Wellington Diego Barros/PMM

*Estagiário sob supervisão da Semtradi