A inserção escolar de alunos com deficiência é significativa na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Esforço Popular, localizada no bairro Muca, Zona Sul da capital. Neste contexto, a instituição realizou na manhã deste sábado (9), um café inclusivo com os pais de alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Cerca de 40 pessoas participaram de uma roda de conversa, onde os familiares dos estudantes puderam trazer para a pauta, reivindicações e trocas de experiências na intenção de melhorar os processos educativos de seus filhos.
Vera Favacho, gestora da EMEF Esforço Popular, explicou que a postura da escola é a de trabalhar a real inclusão dos alunos do AEE, buscando meios para uma educação efetiva a essas crianças. Segundo a diretora, a instituição busca oferecer assistência pedagógica de forma contínua para que os pequenos possam lidar com os obstáculos decorrentes das suas condições físicas, sensorial, intelectual ou psicológica de forma saudável e autônoma. Mas para alcançar esses objetivos, a gestora enfatiza que a participação dos pais, em parceria com a escola, é fundamental para o alcance de bons resultados.
“A troca de experiências com os pais nos permite conhecer melhor o perfil da criança em casa, o que nos dá subsídios para entender certos aspectos de seu comportamento na escola. Dessa forma, podemos desenvolver estratégias para melhorar o seu desenvolvimento educacional”, destacou Vera.
A mãe de criança atípica e terapeuta ocupacional, Patrícia Dantas, de 43 anos, falou da importância da família caminhar junto da escola para que a educação de alunos com deficiência seja eficaz. “Nós, como pais, somos peças fundamentais neste processo de educação dos nossos filhos, e a escola é segunda peça do quebra-cabeça, porque existem pais que deixam toda a responsabilidade de educar, somente para a instituição escolar, e não é assim que deve ser”, ressaltou Patrícia.
Durante o encontro, o advogado previdenciário, Jhony Melo, que estudou o ensino fundamental na Esforço Popular, trouxe esclarecimentos acerca dos direitos e benefícios da Pessoa com Deficiência (PCD).
Depois da roda de conversa, os pais e a gestão escolar puderam usufruir de um café da manhã reforçado no refeitório da unidade de ensino.
O projeto intitulado “Café Inclusivo” faz parte de mais uma estratégia da escola para motivar e orientar as famílias, para que elas vislumbrem um futuro acessível e melhor para seus filhos, acreditando no potencial e nas oportunidades que poderão ter na sociedade.
O que é AEE
O Atendimento Educacional Especializado é voltado para crianças com deficiência visual, auditiva, física, intelectual, múltipla, Transtorno do Espectro Autista (TEA), identificadas como “Pessoa com Deficiência (PcD)”. Também recebem atendimento da educação especial, as crianças com altas habilidades e superdotação.
| Fotos: Wellington Barros /PMM
