Os 79 animais do plantel do Bioparque da Amazônia recebem atenção diferenciada durante uma semana de avaliação de saúde. A intensificação nos atendimentos clínicos dos espécimes das classes de aves, mamíferos e répteis, tem como objetivo proporcionar ainda mais segurança e qualidade de vida aos animais, que já recebem diariamente cuidados específicos no parque, conforme determinações veterinárias.
Além dos animais em manejo, estão sendo avaliados também os quatis, que habitam livremente a área de 107 hectares de florestas do parque. Os atendimentos acontecem em parceria com uma equipe de medicina veterinária da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O grupo de veterinários é coordenado pela doutora em Ciências Veterinárias, Alessandra Scofield. A equipe técnica de fauna auxilia todos os atendimentos, que consistem em procedimentos clínicos, hematológicos e parasitários dos animais da unidade.
“O procedimento consiste em coleta de amostras biológicas dos animais em manejo. Também estão sendo montadas armadilhas biológicas para captura de quatis livres, para a avaliação de saúde”, destaca o diretor-presidente do Bioparque, José Aranha Neto.
Plantel do parque
De acordo com o último inventário de fauna da unidade, o local conta com 79 animais em manejo. As espécies são oriundas de apreensões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Amapá (Ibama) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
A maioria dos animais está estabelecido nos logradouros como fauna permanente, pois não possuem condições de ressocialização ao seu habitat natural. Eles são das classes de aves, mamíferos e répteis.
Na classe das aves, é realizado o manejo de araras vermelhas, maracanã, urubu rei e papagaio. Os mamíferos são macacos aranha e prego, anta, guariba e onça. Já os répteis são jabuti carumbé de pé vermelho, aperema, tartaruga da amazônia, tracajá e jacaré-açu.
Os animais de entrada mais recente estão passando por processos de estabilização, como o caso dos peixes-boi. Para isso, no primeiro semestre, o Bioparque assinou um acordo de cooperação técnica com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), que garante recursos, desenvolve pesquisa científica e avança no tratamento de animais marinhos.
“Queremos o melhor para os animais, por isso visamos a preservação e a conexão deles com a natureza. Um cuidado diário, que consiste em dietas balanceadas por exemplo. Todo trabalho realizado pela equipe de fauna e proporciona conforto e acolhimento”, pontua o diretor do Bioparque.
Retorno
A visitação do público em geral ao Bioparque retorna na próxima quarta-feira (1º), com meia-entrada para todos. O funcionamento será das 9h às 17h. A bilheteria encerra às 16h20. O parque agrega três biomas presentes no Amapá e fica a 15 minutos do centro de Macapá, com acesso pela Rodovia Juscelino Kubitschek.