Com o tema “Diálogo sobre os direitos positivados da mulher”, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), encerrou a programação alusiva ao mês do “Agosto Lilás”, voltado a promoção de ações de combate à violência contra a mulher. A atividade aconteceu nesta terça-feira (30), no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Cidadania e contou com palestra educativa.
Para orientar sobre os direitos garantidos pela Lei Maria da Penha e a aplicação nos diversos casos, o Creas contou com a participação de profissionais do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), que fizeram um encontro participativo para que as mulheres compartilhassem experiências.
Edgleuma Oliveira foi uma das participantes da atividade de encerramento e ela conta que a participação de homens nos encontros é muito válida para que aconteçam mudanças no convívio familiar e na conscientização.
“A gente acha que a violência contra a mulher é somente agressão física e fica sofrendo com outras situações dentro de casa porque achamos que é normal. Então os encontros e as rodas de conversas com a participação dos homens são importantes para tirar dúvidas sobre esse tema e também para que a gente saiba onde buscar ajuda”, diz.
As ações que marcaram o “Agosto Lilás” também comemoraram os 16 anos de criação da Lei Maria da Penha e de acordo com o titular da Semas, Gracinildo Nunes, as ações foram focadas no enfrentamento da violência conta a público feminino. “O objetivo de todo esse trabalho da campanha consistiu em mobilizar a sociedade do papel e da responsabilidade que nós temos no enfrentamento da violência contra a mulher”, destaca.
Balanço do mês
Durante todo mês de agosto, a Semas promoveu uma série de iniciativas a fim de trabalhar a conscientização como forma de prevenir e combater à violência contra a mulher. A programação do período contou com a realização de ações educativas, palestras, mesas de debate, roda de conversa, entre outras, que levaram informações acerca de direitos garantidos por lei. Neste período os Creas Liberdade e Cidadania receberam mais de 40 encaminhamentos de medidas protetivas.
Para a coordenadora do Creas Liberdade, Juliane Pessoa, as agressões físicas não são as únicas formas de violência contra a mulher. A profissional destaca que ela também pode ocorrer de forma psicológica, sexual, patrimonial e moral.
“A violência contra a mulher não é só a física, as mais comuns passam despercebidas que são as torturas psicológicas e verbais. Nossa perspectiva é orientar o nosso público feminino de forma que elas evitem a convivência abusiva e transformem o ambiente familiar para uma vida saudável”, pontua a coordenadora.
O Creas
O Creas oferece o serviço de proteção e atendimento especializado às mulheres vítimas de violência doméstica. Nesses casos, o órgão entra em contato com a mulher, que é acolhida e atendida por uma equipe composta por um assistente social e um psicólogo. São esses profissionais que realizam a escuta qualificada, medida que vem para entender a situação da vítima e, de forma articulada com os demais serviços, definem os meios para garantir a sua proteção. Quando necessário, o Creas também encaminha as vítimas a serviços públicos de saúde, como tratamento psicológico, consultas, exames e internação.
