De 24 a 29 de novembro o Bioparque da Amazônia recebeu pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) que auxiliaram no manejo sanitário de diferentes espécies de animais que habitam a unidade. A equipe de medicina veterinária realizou exames e coletou materiais para estudos científicos sobre o bioma amazônico.
O manejo sanitário consiste em medidas que visam proporcionar aos animais ótimas condições de saúde. No Bioparque, foram estabelecidos protocolos anestésicos nos animais, uma atividade que necessita de um amplo conhecimento farmacológico. O objetivo era verificar a sanidade das diversas espécies do parque.
Todo o trabalho foi coordenado pela doutora Alessandra Scofield, do Instituto de Medicina Veterinária da UFPA, em parceria com a doutora Ana Paula Gering, da Universidade Federal do Norte do Tocantins. A equipe era composta também por pesquisadores da graduação de medicina veterinária e doutorandos do programa de pós-graduação em Saúde Animal na Amazônia.
“No parque estabelecemos protocolos anestésicos nas diferentes espécies silvestres do bioma amazônico. Também iniciamos estudos sobre doenças infecciosas e parasitárias que podem acometer esses animais, visando a prevenção”, explica a doutora Scofield.
“Esta parceria com o Bioparque é muito importante, porque prioriza o melhor manejo sanitário para todos os animais da unidade. Além disso, a partir do resultado desses estudos teremos informações essenciais acerca da saúde deles. Tudo isso será divulgado em diferentes níveis científicos”, complementa.
Durante os protocolos de saúde foram coletadas amostras de sangue, soro e de fezes, que auxiliarão no processo bioquímico e na pesquisa de hemoparasitas. A iniciativa deseja estudar as espécies e possíveis agentes etiológicos que podem ocorrer nos diferentes bioparques do bioma amazônico.
Pesquisa no parque
A promoção da pesquisa científica sobre a fauna e flora amazônica é uma das vertentes trabalhadas no Bioparque. Um exemplo disso consiste no acordo de cooperação técnica com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que prevê a criação de um Jardim Terapêutico Tucuju.
“O Bioparque é uma unidade que contempla vários ecossistemas, com trabalho de preservação da natureza. Desta forma, o incentivo científico é fundamental. Quero dizer que o parque está de portas abertas para as pesquisas científicas, principalmente as que promovam o bem-estar da nossa fauna e que resgate a flora amazônica”, finaliza o diretor-presidente do Bioparque, José Aranha Neto.