‘Temos pato, tucupi e até a louça para servir o almoço do Círio’, diz a feirante na 16ª Feira de Agricultura e Arte de Macapá

Às vésperas do Círio de Nazaré, a empreendedora Maria Zuleide, de 51 anos, comemora as vendas.

Por Alexandra Gomes - Secretaria Municipal de Assistência Social

Feirante Maria Zuleide comemorou a venda de 50 patos e 10 litros de tucupi | Foto: Leandro Lennon/PMM

Neste sábado (8), a Prefeitura de Macapá promoveu a 16ª edição da Feira de Agricultura e Arte, na Praça Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro do Trem. Às vésperas do Círio de Nazaré, o evento organizado pela Secretaria Municipal de Agricultura (Semag) é uma oportunidade para os feirantes impulsionarem as vendas, especialmente os produtos que são ingredientes das tradicionais comidas típicas deste período.

Nesta edição, a feira entrou no clima da festividade religiosa, com novidades que agradaram o freguês. Pela primeira vez os feirantes trouxeram pato e galinha caipira para a venda. O sucesso foi tão grande que quem chegou atrasado não conseguiu garantir o tradicional almoço do Círio, o famoso pato no tucupi.  

Para a alegria dos feirantes, que estavam comercializando as iguarias do Círio, tudo foi vendido num piscar de olhos. Esse é o caso da empreendedora Maria Zuleide, de 51 anos, que trabalha há mais de uma década em feiras. 

“O cliente que vem aqui na feira encontra de tudo. Temos pato, tucupi e até a louça para servir o almoço do Círio. Eu vendi 50 patos, 10 litros de tucupi, galinha caipira, jambu e hortaliças em geral. Estou muito contente com as vendas de hoje, pois foi um sucesso”, comemora Zuleide. 

O morador do bairro do Trem, Delson Rodrigues, aproveitou a caminhada matinal para conferir os itens da feira e saiu do local com a sacola cheia.  

“Passei aqui pela frente da feira com minha esposa e resolvemos dar uma olhadinha. Me dei bem, pois fiz uma cesta de verduras, comprei todos os temperos para o pato no tucupi e estou levando um licor de jenipapo que encontrei. Gostei muito, tem tudo aqui e os preços são bem acessíveis”, destaca Rodrigues. 

Pensando no período das festividades de Nossa Senhora de Nazaré, os feirantes capricharam nos produtos. O freguês podia encontrar desde alimentos tradicionais como farinha, licores, molhos, pimentas, hortaliças e verduras frescas ao jambu, tucupi, temperos secos, ervas finas, pato, galinha caipira, peixe vivo, plantas ornamentais e medicinais, artesanato, louças com apresentação sugestiva, dentre outros artigos. 

Artesã Marciana Nonato Dias vendeu peças exclusivas para o almoço do Círio | Foto: Leandro Lennon/PMM

Há 22 anos trabalhando com artesanato, a Marciana Nonato Dias veio do distrito do Maruanum, aproveitar a feira para expor os produtos. A partir da argila a artesã produz peças singulares de louças que vão ao fogo, para compor a mesa que combina com um ar rústico e ao mesmo tempo requintado.

“Aqui nós temos panelas de barro que vão ao fogo e a mesa, assim como travessas que podem ser utilizadas para servir almoço e jantar. São peças únicas, resistentes que deixam a ceia ainda mais maravilhosa”, detalha a artesã. 

A cada box de venda uma história diferente dos empreendedores que faziam questão de compartilhar. Dona Maria Angélica Souza, de 57 anos, conta que vendeu tudo que trouxe para a feira. Mas que, no seu stand os campeões de vendas foram o jambu, a maniva para maniçoba, tucupi e a galinha caipira. “Nossa feira foi muito produtiva, pois vendi todos os meus produtos. É gratificante voltar para casa satisfeita”, complementa empolgada.

A criatividade na apresentação dos produtos ganhou destaque para atrair a clientela. E o feirante Nonato Oliveira Souza, de 49 anos, apostou na novidade para dar nomes à mistura de temperos secos, o “Pega Marido” e “Ana Maria” tem conquistado os clientes.

“Aqui nós temos os temperos para todos os pratos, massas, arroz, de pato ao peixe. Os nomes chamam atenção para as pessoas conhecerem o sabor deles. Isso ajuda nas vendas”, ressalta.

Mesmo que a procura maior tenha sido pelas aves caipiras, houve quem preferisse levar para casa o peixe. Essa foi a preferência da aposentada Dila Sacramento, que decidiu mudar o cardápio do Círio. Aos 82 anos ela foi à feira de bicicleta para comprar o pescado do almoço de domingo. 

“O pato é maravilhoso, mas se não dá a gente leva o peixe que também é uma delícia. Aqui encontrei o peixe que eu queria, a um preço muito bom. Vamos aproveitar”, comemora a aposentada. 

A Feira de Agricultura e Arte é uma iniciativa que visa incentivar o desenvolvimento econômico da região, impulsionando as vendas dos pequenos empreendedores, produtores rurais e artesãos. 

Veja alguns dos produtos comercializados: