‘Receber as bolsas da Prefeitura de Macapá é menos uma preocupação que temos que enfrentar’, diz mãe de bebê ostomizado

Centro de Especialidades em Reabilitação distribui mais de 800 produtos por mês na capital.

Por Claudia Leão - Secretaria Municipal de Saúde

Henrique e a mãe Lucimara Ferreira, 18 anos, durante consulta de avaliação no CER | Foto: Renato Costa/Semsa

O Centro Especializado em Reabilitação (CER) atende, em média, 40 pacientes com ostomia temporária ou permanente em Macapá. Um deles é o pequeno Henrique, de apenas 1 mês, que nasceu com uma má formação que provoca obstrução do intestino e impede que as fezes sejam expelidas, causando acúmulo.

Por essa condição, Henrique ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo), onde passou por uma cirurgia para fazer a abertura do estoma, enquanto aguarda a operação definitiva. O procedimento é necessário quando há algum comprometimento do intestino grosso, reto ou canal urinário. Através dele, é criada uma fístula por onde pode-se conectar um tubo de inspeção ou manutenção para eliminação dos dejetos do organismo.

Segundo a mãe do bebê, a dona de casa Lucimara Ferreira, 18 anos, o diagnóstico foi recebido ainda na maternidade e que ter esse apoio da saúde pública municipal faz toda diferença.

“Fomos orientados que aqui distribuíam esses produtos e fomos encaminhados. Receber as bolsas da Prefeitura de Macapá é menos uma preocupação que temos que enfrentar porque são caras e não teríamos como comprar. Foi tudo muito rápido, no mesmo dia em que viemos aqui ele já foi avaliado e levamos”, disse a jovem mãe.

Por mês, o CER distribui mais de 800 bolsas coletoras e adjuvantes para pacientes com ostomia temporária ou permanente em Macapá. São disponibilizados produtos como o spray que auxilia na retirada do adesivo de colagem, hidratante para evitar transpiração no local e pó de cicatrização para lesões, além de pomada de preenchimento.

Na consulta no CER, o paciente recebe estoque de bolsas para um mês | Foto: Renato Costa/Semsa

O paciente recebe estoque para um mês, com a recomendação para que as bolsas sejam trocadas entre 3 e 7 dias, já que a substituição diária pode causar lesões e irritações na pele em volta da ostomia. Além de receber o kit, os atendidos no Centro já saem com a próxima consulta de avaliação agendada.

“A bolsa correta é muito importante para que sejam atendidas as necessidades do paciente. A ostomia não limita o paciente. Colocando a bolsa de maneira correta, ele pode praticar as atividades normais como trabalhar, estudar e praticar esportes”, explica a enfermeira e responsável técnica pelo pólo de ostomia do CER, Benedita Góes.

Como agendar a avaliação
Os pacientes com ostomia que desejam receber as bolsas de forma gratuita no CER, precisam agendar uma avaliação pelo número (96) 98802–8388 ou de forma presencial na unidade, localizada na Rua das Pupunhas, nº 650, loteamento Açaí, na zona norte da capital, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.

No dia da consulta é preciso levar originais e cópias do documento de identidade, comprovante de residência, cartão do SUS e o laudo médico indicando o tipo de ostomia ao qual ele foi submetido.

Durante o atendimento, o paciente é avaliado por uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e nutricionista, para que seja possível determinar a numeração e o tipo de equipamento coletor que melhor se adequa ao seu caso. Além disso, ele recebe orientações sobre os cuidados necessários com a pele e o manuseio durante as trocas das bolsas.