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Discriminar ou ofender religiões, liturgias ou agredir pessoas por conta de suas crenças é intolerância religiosa. A materialização dessa violência foi pauta do Seminário Virtual “Estado Laico X Intolerância e Racismo Religioso”, promovido pelo Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), nos dias 6 e 7 de julho.
O objetivo era debater a realidade do ensino da religiosidade de matriz africana e ameríndia no município e fomentar estudos, pesquisas e ações de extensão na temática. Para isso, o seminário apresentou duas palestras transmitidas pelo Youtube da Prefeitura de Macapá. Ambas explanaram a temática da intolerância religiosa, explicando como ela está inserida nas religiosidades brasileiras.
A diretora-presidente do Improir, Maria Carolina Monteiro, mediou as apresentações durante o encontro virtual. Segundo a gestora, cabe ao Instituto de Promoção da Igualdade Racial, promover e executar ações que visam minimizar o racismo estrutural através de políticas públicas, buscando a equidade racial.
‘’Fico feliz por discutirmos um assunto tão delicado e importante, através de um canal institucional. Um dos principais segmentos do movimento negro é o das religiões de matriz africana, principalmente no contexto afromacapaense. O seminário marca o primeiro passo para criação de um comitê de combate a intolerância religiosa. Após esse momento científico, faremos reuniões com os representantes das diversas religiões’’, comentou a presidente.
O evento é resultado de uma parceria firmada com o Centro de Estudos de Religião, Religiosidades e Políticas Públicas (Cepres), da Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Palestras
A palestra “Estado Laico X Intolerância Religiosa e Racismo Religioso” abriu o primeiro dia de seminário, com as apresentações do presidente do Observatório de Liberdade Religiosa (Olir), Pablo Sukiennik, do doutor e Coordenador do Cepres/Unifap, Marcos Vinicius de Freitas Reis, e do coordenador da Rede Nacional da Diversidade Religiosa e Laicidade (Renadir), Elianildo Nascimento.
‘Destaco a importância da gestão executiva em estar preocupada e atenta à temática da laicidade, do combate a intolerância religiosa, da defesa da liberdade religiosa’’, disse cocoordenador da Renadir, Elianildo Nascimento.
No segundo dia, a palestra “Comissões de Combate à Intolerância Religiosa e ao Racismo Religioso no Brasil” destacou, principalmente, sobre o viés das religiões de matrizes africanas e racismo estrutural. O debate contou com a presença do professor doutor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Carlos André Cavalcanti, da integrante da coordenadoria de Política da Promoção e Proteção da Liberdade Religiosa, Mãe Baiana, e da coordenadora Nacional de Respeito à Diversidade Religiosa, Marga Stroher.
A coordenadora Nacional de Respeito à Diversidade Religiosa, Marga Stroher, ressaltou que só é possível o respeito a diversidade religiosa observando a laicidade. ‘’Se o Estado privilegia, se alia, se empatia ou simpatiza mais com uma manifestação religiosa ele está automaticamente excluindo outras. E nosso país possuí uma riquíssima diversidade religiosa’’, finaliza.
A programação completa do seminário está disponível no YouTube da Prefeitura de Macapá, através dos links:
Estado Laico X Intolerância Religiosa e Racismo Religioso – Veja aqui
Comissões de Combate à Intolerância Religiosa e ao Racismo Religioso no Brasil – Veja aqui
Aline Paiva
Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial