Cerca de 50 representantes de movimentos sociais femininos participaram de uma escuta promovida pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SemDH) e a Secretaria de Estado de Políticas Públicas para as Mulheres (Sepm). O encontro foi realizado nesta terça-feira, 1º de novembro, no Museu de Sacaca, no centro de Macapá.
A programação reuniu representantes de ongs, movimentos sociais, associações e organizações municipais e estaduais para construir e implementar, de forma coletiva, o II Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres (PEPM) do Amapá.
Durante o encontro, foi apresentada a primeira edição do PEPM, publicada em 2010 e que traz políticas públicas sobre promoção da igualdade entre homens e mulheres. As participantes puderam conhecer e debater os tópicos já existentes e ainda contribuir com o novo documento, por meio de proposituras e intervenções discutidas em dinâmicas de pequenos grupos.
“O objetivo da escuta foi verificar junto às mulheres do Município quais são as reais necessidades delas e através disso, desenvolver ideias conjuntas para adequar e adicionar ao Plano, porque assim que se faz políticas públicas, através da realidade delas para que de fato possa ser eficiente” ressalta a coordenadora geral de Políticas para Mulheres da SemDH, Socorro Marques.
A servidora pública Girlene Chucre, 52 anos, que possui um projeto social voltado ao incentivo do saneamento básico para mulheres do campo e da floresta, falou da importância da temática para melhoria na qualidade de vida do público feminino.
“Como representante da causa da mulher do campo/floresta, venho reforçar a importância do saneamento básico para as ribeirinhas, quilombolas e extrativistas porque isso faz diferença em todas as áreas na vida delas” conta Girlene.
Marilucia Penha de 42 anos, moradora e síndica do Conjunto Habitacional Mucajá, localizado na zona sul da capital, se sentiu honrada pela oportunidade de participar e contribuir na escuta, que resultará em melhorias para as mulheres de todas as localidades de Macapá.
“Uma política pública para as mulheres nunca existiu dentro do Habitacional, nunca fomos convidadas para fazer parte da construção de algo assim. Estou agradecida pelo convite e isso será de grande importância pra gente”, afirma.
Além da SemDH e Sepm, também estavam presentes profissionais do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram) e representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).
*Estagiário sob supervisão da Secretaria Municipal de Direitos Humanos.
