Alan Ferreira da Gama tem 26 anos e trabalha há cinco anos como carregador de açaí no distrito Lontra do Pedreira. Ao saber da construção de um novo trapiche na região nesta segunda-feira (21), ele comemorou a possibilidade de melhorar a atividade. “Vai trazer mais segurança e facilitar o nosso trabalho”, diz.
A região é uma das principais no fomento da cadeia produtiva do açaí. São oito localidades próximas que ajudam na escoação do fruto, como Ipixuna Miranda, Carapanatuba, Bacaba, Foz da Pedreira e Macacoari.
Em agosto do ano passado, a secretária de Mobilização e Participação Popular (Semmopp), Rayssa Furlan, visitou o Lontra da Pedreira para entender as dificuldades do local. A principal reivindicação foi a construção de um porto onde eles pudessem atracar barcos pequenos.
“Reunimos com a secretária Rayssa e explicamos as nossas dificuldades quanto ao desembarque de açaí e outras mercadorias. Desde então, ficamos esperando esse momento e hoje foi cumprida a promessa. Uma melhoria e um benefício para nossa comunidade”, conta o agricultor e presidente da comunidade, Moacir José Santana.
Para a secretária da Semmopp, Rayssa Furlan, a obra vai valorizar a produção do açaí da região.
“Muitos anos eles batalharam para a construção desse espaço. Quando soube das dificuldades, de imediato, solicitei à Secretaria de Obras que fizesse o projeto. Hoje viemos assinar a ordem de serviço perto dos moradores. Nossa gestão valoriza localidades que estavam esquecidos e eu me sinto feliz e agradecida por fazer parte disso”, destaca a secretária.
O trapiche terá 224 metros, desses 20 metros ficarão dentro do Rio Pedreira. A ideia é facilitar a vida dos produtores da região.
“Todos os dias preciso carregar 28 quilos de açaí e bacaba para vender aos comerciantes de Macapá. É pesado demais. A rampa em que desce essa mercadoria foi construída pelos próprios moradores, mas é pequena e não suporta mais nossa produção”, relata Alan Ferreira.
A obra também vai gerar emprego e renda, com a contratação de trabalhadores da própria comunidade. “Vamos ajudar no fortalecimento da cadeia produtiva do açaí, além de valorizar e industrializar a produção da região”, finaliza Rayssa Furlan.