Um dia especial para quem deixa a cidade limpa todos os dias. Essa foi a proposta da Prefeitura de Macapá ao celebrar nesta segunda-feira, 16 de maio, o Dia do Gari. A programação contou com feijoada, sorteio de prêmios e homenagens aos trabalhadores.
O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Zeladoria Urbana, reuniu os profissionais para um almoço com direito a apresentação especial do gari Márcio Ramos dos Nascimentos, de 25 anos, conhecido por “soltar a voz” quando está trabalhando na coleta de lixo domiciliar.
Ele arriscou uma palhinha para os colegas durante as comemorações. “Gosto do que faço, procuro ser sempre alegre. Na minha rota de trabalho, a população já me conhece e gosta, hoje cantei para meus colegas para festejar nosso dia”, disse, animado.
Responsáveis pela limpeza urbana, os garis trabalham cotidianamente nas ruas de Macapá, na coleta de lixo, na capinação, na varredura ou em outras atividades essenciais para organização da cidade. O secretário municipal de Zeladoria Urbana, Jean Patrick, ressaltou a importância da data para o reconhecimento profissional da classe.
‘Essa é uma forma de reconhecer o trabalho desses profissionais que cuidam com carinho para que a cidade fique cada vez mais limpa e muito mais bonita. Todos os servidores merecem as nossas homenagens e respeito. Parabéns, aos garis que são essenciais na limpeza da cidade”, complementou.
Maria Deuzete Rodrigues, de 56 anos, fez questão de participar da programação. “Vim para prestigiar a festa que nos foi dedicada. Estou contente, só tenho a agradecer esse momento”, comentou.
Macapá tem atualmente 150 garis que trabalham na coleta diária do lixo domiciliar, 160 na varrição das vias públicas e 40 na limpeza dos canteiros, praças e entorno das Unidades Básicas de Saúde. Por mês, esses profissionais recolhem aproximadamente 11 mil toneladas de resíduos da cidade.
Faça chuva ou faça sol, eles estão nas ruas
Presentes no dia a dia de todo cidadão, os garis têm um papel fundamental na manutenção dos espaços públicos. Faça chuva ou sol, não importa se é Natal ou Ano Novo, eles sempre estão nas ruas. É um serviço essencial, que traz impactos diretos para a saúde pública, e que garante um belo visual da cidade.
“Não trabalhamos de acordo com o tempo, mas com as necessidades da cidade”, relatou Klebia Simone Santos de 49 anos. A gari, soma 30 anos de profissão, e já passou por várias áreas de atuação, como no setor de capina manual e atualmente na varrição, ruas e avenidas.
Já Tibúrcio Madureira, de 50 anos, “engatinha” na profissão. Há um mês faz o recolhimento do lixo nas áreas de ressaca. Ele contou que a nova experiência de trabalho é um desafio.
“Essa é a primeira vez que trabalho como gari, estou muito satisfeito, é um novo desafio e, ganho meu salário dignamente. Hoje eu não poderia deixar de participar desta festa que a prefeitura está fazendo para nós, só tenho a agradecer”, concluiu.
Dia do Gari
A data comemorativa é referente ao dia de publicação da Lei que instituiu a categoria profissional, em 16 de maio de 1962. O termo “gari” surgiu em homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, que fundou a primeira empresa de limpeza no Brasil, em 1976, na cidade do Rio de Janeiro.
