A entrega de uma criança para adoção de forma voluntária é um assunto delicado, mas que precisa ser falado. Gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos têm o direito de receber assistência devida dos profissionais da Saúde e devem ser encaminhadas à Juizado da Infância e da Juventude. Pensando nisso, equipes de pré-natal das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) participaram nesta segunda-feira, 29, da capacitação “Entrega Responsável: Garantia de Proteção e de Direitos”.
Conforme a diretora municipal do Departamento de Acompanhamento de Ciclos de Vida (DACV), Larissa Moraes, o treinamento oferece orientações técnicas aos profissionais de saúde para acolher de forma humanizada pessoas que expressam o desejo de entregar o bebê para adoção.
“É importante tratarmos desses assuntos, visto que temos demandas em nossa rede. Essa é uma forma de organizarmos os serviços na atenção básica, para que todos tenham seus direitos atendidos”, reforçou Larissa.
O objetivo do evento é fazer com que os profissionais consigam identificar e acompanhar casos de entrega de filhos para adoção, por meio de escuta qualificada, bem como de orientações corretas. Foram ofertadas 100 vagas aos profissionais da rede municipal de saúde. Enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais trataram de assuntos como depressão pós-parto, adoção legal e entrega responsável.
O assistente social do Juizado da Infância e Juventude de Macapá, Breno Rafael, que ministrou a capacitação junto com a psicóloga Idianne Medeiros, falou que o evento é importante, pois contribuirá para o registro do procedimento feito para resguardar o direito da mãe e da criança.
“Repassamos orientações valiosas que respeitarão o direito da mãe, garantindo seu sigilo e proteção da criança”, explicou Breno.
O enfermeiro Joab Muniz atua na Estratégia Saúde da Família(ESF), disse que, com a capacitação, poderá tratar de casos com mais segurança.
“Nossos serviços, que são na atenção primária, buscam a prevenção, promoção e cuidados aos agravos à saúde e monitoramento de vulnerabilidade. Por meio do tema tratado na capacitação, poderemos orientar e mostrar o meio legal para a mãe entregar a criança, se for identificado casos desse tipo”, disse o enfermeiro.
