Caminhada ‘Laço Branco’ percorre vias da capital pedindo paz e respeito às mulheres

Famílias, representantes de instituições públicas e profissionais da saúde percorreram vias de Macapá pedindo o fim da violência contra a mulher

Por Mônica Nascos - Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH)

Direitos Humanos: famílias e servidores públicos pedem o fim da violência contra a mulher | Foto: Abel Neto

Homens, mulheres, jovens, crianças e familiares de vítimas de feminicídio caminharam com faixas, bandeiras, balões e apitos por ruas e avenidas de Macapá, na tarde de terça-feira (6). Eles atenderam ao convite para participarem da caminhada “Laço Branco”, que tem como intuito chamar a atenção da sociedade para o fim da violência contra a mulher.

A iniciativa é da Prefeitura de Macapá, por meio da Secretaria de Direitos Humanos (SMDH) e da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM). Os participantes percorreram a área central da cidade, da Praça Barão do Rio Branco até o Mercado Central, segurando cartazes e faixas e entoando frases como “chega de violência” e “a mulher pode ser o que ela quiser”.

Familiares e amigos da cabo Emily Monteiro, morta em agosto de 2018 pelo ex-namorado, participaram da caminhada. A mãe dela, Aldineia Miranda, falou da importância do ato pelo fim da violência.

“Eu participo desta caminhada laço branco como um dever para que não ocorra com outras mães o que aconteceu comigo”, alertou.

O evento contou ainda com a presença da vice-prefeita de Macapá, Mônica Penha; do secretário Municipal de Trabalho Desenvolvimento Econômico e Inovação de Macapá, Cirilo Fernandes;  do coordenador de Juventude, Lucas Assis, entre outros representantes da prefeitura.

Dentre as instituições públicas participaram: o vereador Alexandre Azevedo (PP); promotora Andréia Guedes, da Promotoria da Mulher do Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP); o titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Macapá do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (TJAP), juiz Normandes Sousa; e profissionais do Hospital do Amor, do Centro de Atendimento à Mulher e à Família (CAMUF), a imprensa e movimentos.

O Secretário da SMDH, Raimundo Azevedo, ressaltou que a gestão volta os olhares aos Direitos Humanos partindo do princípio da cidadania.

“Tenho pensado e falado que as políticas públicas referentes às mulheres, muitas vezes, têm origens baseadas em sofrimentos (como o nosso CRAM acompanha, assim como a Lei Maria da Penha). Entretanto, é preciso um olhar mais  esperançoso, com laços de generosidade, de cuidado e de amor”, destacou o gestor.

Generosidade, amor e cuidado são essenciais para a promoção da vida, diz gestor dos Direitos Humanos, Raimundo Azevedo | Foto: Abel Neto

 

A Constituição Federal (CF88) prevê vários mecanismos de proteção à dignidade da pessoa humana. Atualmente, além dos Direitos Humanos estarem positivados internamente na CF88, estão assegurados internacionalmente, por meio dos tratados internacionais. Dessa forma, a proteção do direito à vida, à liberdade, à igualdade, e à segurança perpassam à essencialidade da dignidade da pessoa humana.

Macapá Mais Cidadania

No próximo sábado, dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, acontece o encerramento da Campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, na praça Floriano Peixoto, das 8h às 13h. Serão ofertados serviços nas áreas de saúde, cidadania, bem-estar.