Agentes de Vigilância em Saúde e Endemias participam de capacitação sobre doença de Chagas

Até o final do mês de novembro o município de Macapá registrou 160 novos casos notificados da doença, destes, 32 foram confirmados.

Por Ana Cleide Torres - Secretaria Municipal de Comunicação Social

Cerca de 30 agentes de Vigilância em Saúde e de Endemias participaram de capacitação sobre a doença de Chagas, com o intuito de orientar quanto à identificação do vetor, sintomas e tratamento da doença. O treinamento aconteceu no auditório do Centro de Espacialidades Dr. Papaléo Paes.

A capacitação sobre prevenção e controle da doença tem como finalidade fortalecer a capacidade dos agentes para realização e monitoramento do vetor em áreas de rastreamento, buscando estratégias para intensificação de ações educativas junto a comunidade.

De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica do Município, Bruna Rocha, até o final do mês de novembro o município de Macapá registra 160 casos notificados da doença, destes, 32 foram confirmados.

“Observamos o aumento do número de casos no segundo semestre do presente ano, o que revela a necessidade de estarmos vigilantes e preparados para informar nossa população e notificar possíveis casos suspeitos da doença e, ainda, orientar o indivíduo que, ao perceber os sintomas, deve procurar uma Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência”, enfatizou.

No encontro, orientações foram repassadas para as equipes de Vigilância Ambiental, Sanitária e Epidemiológica. O agente de Endemias Jailson Ferreira Tavares fala sobre a importância da qualificação.

“Estamos ampliando o nosso conhecimento, para passar uma informação mais adequada para população através das ações educativas. Ajudar na prevenção que é importante para todos nós, principalmente na questão da educação em saúde”, frisou.


Doença de Chagas
A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, cujo principal vetor é o inseto ‘barbeiro’. A transmissão acontece no contato de pele e mucosa com as fezes contaminadas do barbeiro após a picada. Podendo acontecer ainda de forma oral, quando há a ingestão de alimentos contaminados.

Outra forma de transmissão é quando passa de mãe para filho ou na transfusão de sangue e transplante de órgãos de doadores infectados.

A doença apresenta duas fases. A aguda, que pode ser sintomática ou não, é a mais leve, apresentando febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas.

Já a segunda fase da doença é a crônica, esta apresenta problemas cardíacos, como insuficiência e digestivos, com inchaço do esôfago e do estômago. O diagnóstico precoce possibilita tratamento com medicamentos indicados pelo médico.