Com o intuito de promover organização, conscientização ambiental e ordenamento da área, além de melhor fluxo no trânsito, uma ação conjunta da Prefeitura de Macapá promoveu uma campanha educativa na tradicional Rampa do Açaí, na orla. O local é ponto de desembarque da matéria prima que é um dos principais produtos que movimentam e aquecem o setor econômico da capital.
O trabalho de orientação aconteceu na manhã deste sábado (11) e contou com a participação das secretarias municipais de Meio Ambiente (Semam); Habitação e Ordenamento Urbano (Semhou); Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semtradi); Zeladoria Urbana e Guarda Civil Municipal de Macapá (GCMM).
“A gente agradece a Prefeitura pela ação educativa. É importante para nós que o poder público esteja presente orientando sobre o cuidado com nosso ambiente de trabalho e o nosso Rio Amazonas que é de fundamental importância para todos que trabalhamos aqui diariamente. Só temos a agradecer a todas as secretarias envolvidas e ao prefeito Furlan pela iniciativa”, fala do representante dos empreendedores da Rampa do Açaí, Nilson Nogueira.
Meio ambiente
A proposta da campanha educativa é conscientizar e sensibilizar os trabalhadores do local sobre várias questões, inclusive, sobre a preservação ambiental por se tratar de uma atividade desenvolvida às margens do Rio Amazonas. Neste sentido, a Semam reforçou orientações para evitar o descarte inadequado do lixo e uso de som alto.
“A nossa iniciativa busca evitar qualquer tipo de prática que possa causar poluição ambiental e sonora, pois além de ser um local às margens do Rio Amazonas, também é uma área de residências. Manter esse cuidado e equilíbrio é um bem para todos”, ressaltou a subsecretária de Meio Ambiente, Alana Soares.
A Rampa do Açaí, como é tradicionalmente conhecida, tem ganhado projeção no setor econômico pelo movimento crescente e isso tem chamado atenção de outros segmentos como a venda de alimentos, lucrativo, mas que precisa seguir padrões de comercialização adequada no seu setor de origem. Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Valcyr Marvulle, é importante que o pequeno empreendedor tenha esse esclarecimento.
“Nós estamos aqui para orientar de forma educativa sobre essas questões para que o pequeno empreendedor tenha conhecimento. A intenção do prefeito Dr. Furlan é organizar, cadastrar esse trabalhador e trazer para o local maior segurança comercial e sanitária, de acordo com a finalidade da feira que é a comercialização de açaí”, disse o secretário.
Cadastramento
A Secretaria Municipal do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semtradi) é a porta de entrada do pequeno empreendedor e para orientar sobre o sistema de cadastramento e legalização, os profissionais da pasta estiveram no local repassando informações, identificando e cadastrando os trabalhadores ambulantes.
A categoria aproveita o movimento da feira do açaí para também comercializar seus produtos. Porém, é necessário que atendam as recomendações da secretaria que gerencia os setores de acordo com o ramo de trabalho que desenvolvem.
Lucas Viana, 62, trabalha há 8 anos com a comercialização de alimentos. Ele conta que busca locais de movimento para melhorar o lucro das vendas e destaca que ficou satisfeito com a iniciativa da gestão municipal de ir até o cidadão.
“Antes eu não sabia como eu poderia me cadastrar para trabalhar na feira. Achei muito bom a secretaria ter vindo aqui nos orientar, isso é muito importante a gente se sente amparado”, declarou o feirante.
O coordenador municipal de desenvolvimento econômico da Semtradi, Sandro Bezerra, explica que o processo de cadastramento é simples, basta que o interessado apresente a documentação pessoal, comprovante de residência, uma foto 3×4 e preencha uma ficha cadastral.
“Durante a ação educativa, nossa equipe fez o cadastro de quem estava com a documentação completa. No total, 22 empreendedores foram cadastrados. Aqueles que estavam sem os documentos foram encaminhados para a secretaria. Contudo, a ação foi muito positiva”, frisou o coordenador.
Organização
A secretaria de Zeladoria Urbana, Habitação e Ordenamento também atuaram na ação. Devido ao grande fluxo de pessoas circulando no local, a produção de lixo também virou uma preocupação coletiva por se tratar de um bem de uso comum, essencial à vida saudável, à qualidade de vida e à sustentabilidade.
A Zeladoria Urbana vai instalar lixeiras ecológicas para descarte de resíduo individual com separação para vidro, plástico e material orgânico. A proposta é preservar o meio ambiente e ao mesmo tempo manter a beleza visual da orla da cidade.
Já a equipe de Fiscalização de Postura da Semhou orientou os empreendedores ambulantes quanto à utilização do uso do solo, organização e ordenamento do local. E sobre o que o Código de Postura municipal estabelece em relação a lugares considerados inapropriados para a comercialização de determinados produtos.
De acordo com a diretora do departamento de fiscalização da Semhou, Neuzete Tavares, cada segmento de cunho comercial tem um local e destino apropriado para aquela categoria e, no caso da Rampa do Açaí, a finalidade é só para desembarque e venda do açaí.
“Nosso papel aqui hoje foi orientar, e a ação foi muito bem recebida pelas pessoas aqui, eles entendem e sabem que a destinação aqui é só para a comercialização de açaí. Então, eles foram informados de que devem se cadastrar na Semtradi para serem direcionados às feiras que têm outras finalidades de comercialização, como peixe, carne e frutas em geral. Com a colaboração de todos conseguiremos manter o ordenamento do local”, ressaltou a coordenadora.
A Guarda Civil, esteve presente para garantir a segurança do serviço desenvolvido pelas equipes das secretarias e para organizar o fluxo de veículos no trânsito.
“Para todo nós a participação do poder público, através da Prefeitura, é benéfico para mim. Quanto mais ações como esta é melhor porque as pessoas passam a trabalhar mais alinhadas e dentro do que é orientado”, disse o batedor de açaí, Andres Balieiro, 38, e que desde garoto trabalha com a venda de açaí.