No Dia da Alfabetização, conheça a Escola de Macapá que traz autores regionais para a sala de aula

Projeto Café com Letras é desenvolvido na Emef Rondônia e incentiva a leitura de contos locais.

Por Léo Nilo - Secretaria Municipal de Educação

Estudante Emilly Picanço, de 10 anos, durante leitura do conto | Foto: Léo Nilo/PMM

Alfabetizar os estudantes na idade certa é um dos principais objetivos da Prefeitura de Macapá. Para incentivar o letramento e tornar o momento da leitura ainda mais especial, os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Rondônia têm a oportunidade de conhecer pessoalmente os escritores de histórias regionais.

Os encontros são promovidos pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio do projeto Café com Letras. A iniciativa é desenvolvida pelo professor Carlos Haussler, na turma do 4° ano da Emef Rondônia. Todo mês, é selecionada uma história de acordo com um tema apresentado pelos livros didáticos.

Turma de 4º ano da Emef Rondônia conversando sobre o conto Mapinguari | Foto: Léo Nilo/PMM

Na sala de aula, os estudantes leem o material e participam de diversas dinâmicas de interpretação. Na culminância do projeto, o autor é convidado para um café da tarde com os alunos, momento em que conversam sobre a obra e a importância da leitura.

“Nosso intenção é promover a cultura e as nossas histórias. No projeto, começamos com vários níveis de leitores, e os alunos vêm avançando. Eles ficam muito animados quando há o momento do Café com Letras, tanto os estudantes, quanto os escritores”, explica o professor Haussler.

Nesta semana, o Café com Letras trouxe a autora Minelva Reis, para conversar sobre o conto “Mapinguari”. De acordo com a convidada, o texto é baseado nas histórias que escutava na infância, no interior do Amapá. Com o tempo, a escritora percebeu que esse folclore estava se perdendo, e quis relembrar esta cultura com a nova geração.

“O retorno mais importante é poder observar o quanto eles gostam. Não tinha escola perto de casa, me interessei pela leitura com as revistas que meu pai trazia. Então, sei o quanto é importante incentivar este contato para a vida toda. Ver o olhar deles, enquanto conto minhas histórias, é uma sensação única”, celebra.

A dinâmica já tem obtido bastante sucesso entre os estudantes, que se envolvem com os materiais lidos, se interessando pelo mundo infinito das palavras. Para a estudante Emilly Picanço, de 10 anos, a oportunidade de conversar com sua autora favorita foi inesquecível.

“Gosto muito de ler e acho muito legal o Café com Letras. O projeto me ajuda a conhecer mais. A Minelva Reis é minha autora favorita. Ler e conversar com quem escreveu é muito bacana pra mim”, destaca a aluna.

Além do Café com Letras, a Emef Rondônia é uma das 68 escolas municipais que desenvolvem o plano de recomposição de aprendizagem. O principal objetivo do projeto é reforçar a alfabetização. O estudante Davi Guilherme, de 9 anos, comenta que a união das duas iniciativas foi suficiente para ele se apaixonar pela leitura.

“O Café com Letras é muito bacana. Ano passado eu ainda não sabia ler, e o projeto me ajudou bastante. Agora gosto muito de leitura. O [conto] Mapinguari é muito legal e conversar sobre ele também”, relata Davi.