Mulheres de baixa renda de Macapá encontram oportunidade em oficina de crochê no Cras Igualdade  

Objetivo do projeto é incentivar a independência financeira de mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Por Alexandra Gomes - Secretaria Municipal de Assistência Social

Cras Igualdade promove Oficina de Crochê para mulheres de baixa renda I Foto: Alexandra Gomes/PMM

Profissionalizar as habilidades para ganhar uma renda extra é o objetivo das alunas da oficina de “Crochê para Iniciantes”, promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). A capacitação começou nesta terça-feira (16) e a primeira turma da semana iniciou com a confecção de panos de pratos, caminho de mesa, toalhas e bordas de fraldas.

O projeto tem como objetivo ampliar as possibilidades no mercado de trabalho, além de incentivar a independência financeira de mulheres em vulnerabilidade social. A iniciativa é do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Igualdade e atende mães e donas de casa, que muitas vezes também são chefes de família, que buscam gerir um negócio próprio. As aulas acontecem às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h.  

Confeccionar bolsas em crochê e trabalhar com vendas sempre foi a vontade de Denise Araújo, mãe do pequeno Henry Miguel, de apenas 6 meses. Ela conta que já sabia tecer alguns pontos, mas apenas o crochê simples e a partir da oficina, conseguirá desenvolver novas habilidades.

“Agora com o aprendizado que estou tendo de como usar novas técnicas, vou produzir minhas bolsas e montar meu próprio negócio de vendas pela internet”, detalha entusiasmada.  

Iniciativa do Cras Igualdade atende atende mães e donas de casa | Foto: Alexandra Gomes/PMM

Além de desenvolver o aprendizado das usuárias, a oficina também é uma forma de trabalhar a convivência, de fortalecer os vínculos de famílias. A atividade atua como uma atividade terapêutica ocupacional e permite o compartilhamento de experiências entre as participantes.

A aposentada Raimunda Baía, de 63 anos, diz que o crochê sempre foi sua paixão e depois de passar por um diagnóstico de câncer, a produção passou a ser uma terapia.

“Sempre gostei do crochê e trabalho com peças de cama, mesa, banho e roupas também. Vi na oficina do Cras um acolhimento muito afetuoso e além disso, me faz muito bem estar aqui ensinando e aprendendo coisas novas”, conta.

Peças de tapetes é o interesse principal da dona de casa Dulcicléia Valente. Ela é chefe de família, está desempregada e viu na oficina uma maneira de conquistar a independência fazendo o que gosta.

“O crochê, pra mim é uma arte, sempre gostei de peças para casa, mas a tapeçaria é o que mais me chama atenção. Tem mercado porque antes eu comprava, então dá para viver com as vendas. Minha ideia é avançar para ter minha própria clientela”, detalha.

A capacitação tem como oficineira, Brena Oliveira, que é a responsável pelas aulas. O curso tem duração de um mês e ao final, todas as participantes receberão um certificado de qualificação. “Esse é um meio de desenvolver as habilidades dessas mulheres e mostrar que é possível fazer do aprendizado uma forma de ganhar a independência financeira”, comenta.

A conclusão do curso será marcada por uma exposição com as peças e cada artigo terá uma etiqueta com o nome e o contato da aluna que produziu. Além de apresentar o trabalho, a proposta é que cada participante possa conquistar e ampliar o número de clientes.

Para o secretário municipal de Assistência Social, Gracinildo Nunes, as oficinas e os cursos de qualificação ofertados nos Cras são ferramentas indispensáveis para a inserção no mercado de trabalho.

“Nossa proposta é buscar cada vez mais meios de transformar a vida das pessoas. Fazemos isso sempre mostrando que é possível conquistar a estabilidade financeira e ser uma fonte geradora de renda para outras pessoas”, frisou o secretário.