A ação educativa desenvolvida pela Prefeitura de Macapá, através das Vigilâncias Ambiental, Epidemiológica e Sanitária acontece no bairro Congós, na zona sul da capital. Por meio da ação as equipes orientam os batedores de açaí e a população do entorno sobre a Doença de Chagas, o inseto barbeiro e as boas práticas durante o processamento da polpa do açaí.
“Esta ação de Educação em Saúde é muito importante, considerando que houve um grande crescimento de casos de Doença de Chagas neste bairro. O consumo de açaí vindo de locais com boas práticas de fabricação e higienização é fundamental para não adquirir a doença”, disse o diretor do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) da Semsa, Bruno Barros.
O trabalho educativo previne e possibilita a busca de novos casos sintomáticos ou assintomáticos da doença de Chagas, bem como, para inspeção de estabelecimentos alimentícios e identificação do vetor causador da doença, o triatomíneo.
Desde o início do ano as equipes trabalham na realização de ações educativas, utilizando panfletos com instruções de como identificar o barbeiro e ainda orientando os donos de estabelecimentos alimentícios e amassadeiras sobre a importância do armazenamento e manuseio correto das mercadorias, no intuito de garantir a segurança alimentar da população.
Manter o ambiente sempre limpo, organizado e arejado, evitar locais escuros e com frestas que possam servir de esconderijo para o barbeiro são dicas importantes para aqueles que possuem estabelecimentos alimentícios e também para seguir nas residências.
Doença e Transmissão
A doença apresenta duas fases: aguda e crônica, onde a pessoa pode ser assintomática ou não, com dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e nas pernas, febre prolongada por 7 dias. A recomendação é procurar a Unidade de Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência.
A transmissão acontece pelas fezes que o barbeiro deixa sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. A maioria tem reações após a picada do barbeiro, provocando coceira na pele, e o fato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada.