“Nossos filhos não são deficientes, eles são pessoas com síndrome de down”, destaca mãe, na I Caminhada Down

Caminhada ocorreu em frente ao Mercado Central com a participação de centenas de pessoas neste sábado, 25

Por Mônica Nascos - Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH)

Caminhada foi bem participativa, com pais, amigos e pessoas com síndrome de down: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos | Foto SMDH

Pela primeira vez, Macapá teve uma Caminhada Down, na tarde deste sábado (25). O evento que contou com o apoio da Prefeitura de Macapá, por meio da Secretaria de Direitos Humanos (SMDH), teve o objetivo de sensibilizar a sociedade para uma reflexão sobre a importância da pessoa com síndrome de down, e potencializar a visibilidade de cada um.

O secretário municipal de Direitos Humanos, Raimundo Azevedo, ressaltou a importância do tema: “Conosco, não por nós”. Ele destacou a luta por direitos e políticas públicas.

Secretário de Direitos Humanos, Raimundo Azevedo, ao lado do servidor público, Wadson Rodrigues durante a caminhada | Foto SMDH

“A campanha visa dar o protagonismo a todas as pessoas com síndrome de down, e compartilhar  com elas, junto aos pais, à sociedade e às instituições públicas, a luta por direitos e garantias, na busca execução das políticas públicas efetivas, pois todas essas pessoas podem contribuir com a sociedade”, destacou o secretário. 

No Mercado Central, as crianças brincaram num quebra-cabeça gigante, pintaram o rosto com desenhos infantis bem coloridos. A fila para pintura estava grande, e os voluntários vestidos de palhaços foram a atração para a molecada. Centenas de pessoas participaram da programação, entre pais, amigos e pessoas com síndrome de down: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

A ideia partiu da mãe do Victor, de 13 anos,  Ângela Maximim. Devido seu filho ser uma pessoa com síndrome de down, ela buscou a secretaria de Direitos Humanos para que juntos pudessem abraçar a causa dessa comunidade que merece ser protagonista na educação, no  mercado de trabalho, na saúde e no lazer. 

“Nós queremos aqui enfatizar que nossos filhos não são deficientes, eles são pessoas com síndrome de down e têm os mesmos direitos de chegar nos lugares e serem respeitados, trabalhar, viverem em ambientes acolhedores, pois estamos cansados do preconceito, da discriminação e da falta de respeito”, desabafou.

Foi notória a felicidade de cada criança ali, na caminhada, com os rostinhos cheios de alegria e os olhares dos pais, então, transbordaram. As pessoas agradeceram a iniciativa.

É o caso da mãe, Arliete Rodrigues, o seu filho Wadson, de 32 anos, já está trabalhando. Desde julho de 2022 ele é servidor da Prefeitura de Macapá, ao lado do prefeito Dr. Furlan. Emocionada, a mãe aproveitou o momento para agradecer a oportunidade de trabalho e todo carinho dado ao filho.

“Eu parabenizo a Prefeitura por todo apoio dado a causa Down, principalmente ao Dr. Furlan por tratar tão bem o meu filho lá em seu gabinete, porque hoje meu filho é mais feliz. E, eu fico despreocupada, porque sei que todos o tratam muito bem em seu local de trabalho”, agradeceu a mãe. 

O evento contou com a presença da secretária municipal de Turismo, Leda Sadala, e do vereador de Macapá, Alexandre Azevedo, entre outras autoridades. Também contou com o apoio da Macapá Turismo e da Fundação Municipal de Cultura.

A caminhada Down é um evento mundial que enaltece a causa. A data foi celebrada no dia 21 de março. No Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down aponta a  abrangência dos casos, e explica que aproximadamente 1 em cada 700 crianças que nascem Down, quando ocorre o caso de trissomia do cromossomo 21 (T21) em que são 47 cromossomos em suas células em vez de 46.

Fotos: Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH)