Nesta quarta-feira (9), a Secretaria Municipal de Habitação e Ordenamento Urbano (Semhou), iniciou o processo de delimitação do solo na área para qual será realocada as primeiras três famílias que atualmente residem no entorno da Praça Jaci Barata. A iniciativa visa liberar o espaço para a conclusão da obra do projeto “Orla Viva”.
O trabalho foi feito no espaço localizado na lateral por onde vai passar o final da Avenida FAB. Inicialmente, cerca de 20 lotes, medindo o mesmo tamanho cada, foram divididos. A família que optar pela realocação receberá da Prefeitura a documentação completa com o título de propriedade definitivo.
A comerciante, Maria Luiza da Silva, de 62 anos, mãe de cinco filhos, reside na área há 18 anos e conta que com a revitalização da praça toda área vai ficar valorizada e com isso espera aumentar seus lucros de venda. “A gente espera que com a nova praça as coisas melhorem. Vai valorizar o espaço e aumentar nossas vendas mantendo nossa moradia”, disse a moradora.
O projeto municipal “Orla Viva” vai proporcionar para a população um espaço de lazer com ambientes desenvolvidos para a prática de esportes e contemplação com jardins. Ele também contará com deck de madeira, três quadras poliesportivas, redário, bicicletário, estacionamento, campo gramado, campo de areia e espaço de convivência com lago e jardins.
Para a conclusão da obra, o remanejamento das famílias está em processo de tratativas, como afirma o secretário municipal de Habitação e Ordenamento Urbano, Nildo Nunes. “Inicialmente fizemos uma reunião com as famílias e em seguida fomos até o local para fazer uma vistoria e avaliação de toda a área. Uma parte dos moradores já se manifestou optando pela indenização e outros decidiram pela realocação, mas é um processo que ainda estamos concluindo nesse primeiro momento”, explicou o secretário.
A nova Praça Jaci Barata tem uma área de pouco mais de 96 mil m², e parte do terreno foi ocupado irregularmente por famílias que passaram a comercializar algum tipo de produto às margens do canal Igarapé das Mulheres. Com a obra de revitalização, o espaço precisou ser desocupado.
Obra
O serviço está sendo executado pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Semob). No local, são feitos trabalhos de drenagem e nivelamento do terreno com terraplanagem. Após essa etapa, começam as construções dos equipamentos.
A obra foi paralisada para a realização de mudanças e adequações no projeto arquitetônico e o novo modelo será integrado ao acesso à extensão da Avenida FAB, que será mais uma opção de saída ou entrada para o Igarapé das Mulheres. Além disso, a mudança promove a integração de empreendedores locais que trabalham com venda de comidas e brinquedos, os quais não eram contemplados inicialmente.
A praça será referência em lazer, esporte e convivência e tem uma área de pouco mais de 96 mil m². O espaço foi projetado pela arquiteta Rosa Grena Kliass, de 88 anos, especialista em paisagismo. Um dos projetos de maior destaque da profissional é a Avenida Paulista e, no Amapá, Kliass foi a responsável pelo desenvolvimento do projeto do Parque do Forte.
O local de recreação custará aproximadamente R$ 9,4 milhões, com investimento do Tesouro Municipal.
