1ª Feira Empreendedora da Assistência Social com produtos artesanais movimenta centro comercial e garante renda extra

Cerca de 80 artesãos participaram da Feira

Por Alexandra Gomes - Secretaria Municipal de Assistência Social

Os produtos artesanais se tornaram um potencial econômico e uma alternativa de renda para pequenos empreendedores e para quem está começando neste segmento. Visando esse crescimento a Prefeitura de Macapá, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realizou nesta sexta-feira (17) a 1ª Feira Empreendedora da Assistência Social que expôs a produção feita por famílias em vulnerabilidade social capacitadas nas oficinas de artesanato das unidades de atendimento da Semas.

Com a diversificação de produtos artesanais feitos com simplicidade e muita perfeição, a primeira edição da Feira da Assistência Social sediada no Mercado Central mostrou a que veio. Cerca de 80 artesãos, a maioria mulheres, expuseram e comercializaram os artesanatos produzidos a partir das oficinas de crochê, pinturas em tela, trabalhos em EVA, feltro, artigos de decoração, mesa posta, luminárias, bijuterias, roupa infantil, bolsas e bonecas de pano, necessaire, plantas, doces e comidas típicas.

A artesã, Oneide da Silva e Silva, conta que o artesanato é uma renovação na sua vida, aos 73 anos ela celebra novas oportunidades. “A partir das oficinas no Cras da Assistência Social eu encontrei uma nova vida no artesanato, tenho 73 anos e amo o que faço, é uma felicidade ter esta oportunidade de estar aqui nesta Feira maravilhosa, isso valoriza o nosso trabalho, a gente é reconhecido, o trabalho e as vendas mudaram a minha vida”, festejou a artesã.  

Aos poucos os corredores da Feira foram tomados pelo público que veio prestigiar o evento, o ambiente privilegiado pela brisa do rio Amazonas reuniu jovens, crianças, idosos, famílias e casais de namorados que aproveitaram o início de noite para conhecer, curtir as atrações e passear pelo local.

“Evento belíssimo e participativo, pessoas dos Cras, Creas e Centro-Pop apresentando seus trabalhos e, ao mesmo tempo, é um momento de lazer para todos, não só para eles, mas para nós servidores também que trouxemos nossas famílias, isso é maravilhoso, um diferencial o trabalho com prazer onde todos participam”, destacou Aline Azevedo, servidora da Semas.

Na tradicional Feira, não tem venda sem antes uma boa conversa. Quem está na barraca, geralmente é quem produz. E, quem compra quer saber tudo: como foi feito, com que materiais, se dá para mudar um tempero ou fazer algo exclusivo por encomenda, um prato para o Natal. Esse diferencial, que só os pequenos negócios têm, vem conquistando muitos consumidores.

Enivânia de Souza, apostou na culinária de comidas típicas para a Feira e, essa relação com o freguês faz o diferencial na hora das vendas. “A Feira é algo maravilhoso para nós, porque é uma oportunidade de conquistar novos clientes apresentando e vendendo os nossos produtos, além de gerar uma renda extra, consegui vender tudo. Essa oportunidade é gratificante, espero que tenhamos sempre”, comemorou.

Uma das formas mais antigas do comércio são barracas ao ar livre e mercadorias no balcão, uma tradição que se reinventa na tecnologia sem deixar as raízes da tradição comercial, essa relação de venda olho no olho vem se fortalecendo a cada dia, mas sem deixar de lado a praticidade tecnológica na hora de pagar uma opção diferente e lucrativa.

O artesanato criativo demonstra que vem atraindo atenção de pessoas em vulnerabilidade social e que sem emprego e renda fixa descobriram uma forma de empreender, excluídos da sociedade eles quebram paradigmas e passam comandar seu próprio negócio, como Eliana Oliveira Sarmento, professora de formação, ela perdeu o emprego e investiu no artesanato.

“Eu tinha uma máquina esquecida. Eu gostava de costurar, inventar coisas como passatempo, desempregada e com ajuda de fora consegui comprar os materiais e passei a fazer roupa de mesa posta. Hoje já consigo pagar minhas contas de casa”, conta

O secretário municipal de Assistência Social, Nildo Nunes, destaca que a Feira é uma porta de oportunidades, para quem busca empreender com os produtos artesanais.

“Nossa primeira Feira da Assistência Social foi um sucesso. É uma porta de oportunidades para nossas famílias assistidas pelas unidades de atendimento da Semas, um divisor de águas para quem sonha empreender neste segmento e, o mais importante, estamos inserindo essas pessoas no mercado de trabalho capacitadas e para isso não tem idade, temos um público diversificado e comprometido”, frisou o secretário.

Atrações e parceiros

O sucesso da 1ª Feira Empreendedora da Assistência Social reuniu não só o empreendedorismo, mas também promoveu lazer, segurança para quem estava presente, entretenimento, arte e cultura com apresentação cultural do Grupo de Dança Revelação Tucuju e musical com Gui Silva e Banda, que sacudiu o público no Mercado Central e embalou a pista de dança.

A realização da Feira contou com o apoio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), que disponibilizou toda a logística de sonorização, palco, iluminação e atração musical; Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur), disponibilizou o espaço do Mercado Central, grupo de dança e toda a estrutura de tendas, barracas e banheiros químicos; Secretaria Municipal de Habitação e Ordenamento Urbano (Semhou), fez a organização e fiscalização do espaço com os Fiscais de Postura; Companhia de Transporte de Trânsito de Macapá (CTMac), responsável pelo fechamento da via e a Guarda Civil Municipal de Macapá (GCMM) esteve presente fazendo a segurança do espaço e do público presente.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), também participou do evento e, esteve presente com um ponto de vacinação no local atendendo as pessoas que precisam atualizar a carteira vacinal contra a gripe (Influenza).

A 1ª Feira Empreendedora da Assistência Social

A inciativa consiste em incentivar o empreendedorismo, criar oportunidades por meio de oficinas de capacitação nas áreas de artesanatos em geral, costura e beleza voltados para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais de famílias assistidas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e Centro Especializado para População em Situação de Rua (Centro-Pop).

O evento promove a integração social, o desenvolvimento humano e estimula a geração do trabalho e renda através das alternativas que se adaptam ao perfil de cada participante.

Confira mais fotos I Jesiel Braga/PMM