Vigilância Ambiental investiga hospedeiros da doença de Chagas em Macapá 

Ação orientou os moradores do bairro Jardim Marco Zero sobre a Doença de Chagas.

Por *Maison Brito - Secretaria Municipal de Saúde

Após receber três notificações de pessoas com a doença de Chagas em Macapá, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realizou inspeções domiciliares na área de ponte do bairro Jardim Marco Zero, na zona sul da cidade, para investigar a presença do hospedeiro triatomíneos.

O serviço foi feito por técnicos do Departamento de Vigilância Ambiental na quarta-feira (2). A inspeção na área externa das casas tem a finalidade de encontrar insetos adultos, ninfas e ovos ou seus vestígios como ecdises e fezes de barbeiro. Segundo a Divisão de Entomologia da Semsa, a busca teve resultado negativo para a presença do vetor na área.

O diretor do Departamento de Vigilância Ambiental da Semsa, Carlos Nelson Almeida, destaca que foi realizada com os moradores uma atividade de Educação em Saúde sobre o vetor. A orientação foi destinada aos procedimentos e cuidados ao ingerir alimentos possivelmente contaminados.

“A conscientização da população é necessária para a prevenção e a redução de danos causados pela doença, que podem ser graves. Dessa maneira, o desenvolvimento de atividades de educação em saúde é de absoluta importância”, explica Almeida.

Insetos
Os vetores transmissores da Doença de Chagas são os triatomíneos, insetos que se alimentam de sangue. A transmissão vetorial do parasito só acontece se o hospedeiro estiver infectado, por meio da eliminação de suas fezes em uma porta de entrada após a picada.

Os casos de transmissão vetorial da doença (via inseto) são raros nas áreas urbanas, porém, a transmissão via ingestão de alimentos contaminados, como açaí, caldo de cana e animais silvestres são consideradas mais comuns na região.

Monitoramento
O monitoramento das populações triatomínicas é promovido por meio de vigilância ativa e passiva. A primeira consiste na pesquisa programada, pelas equipes responsáveis pelo controle do vetor, das unidades domiciliares de uma determinada localidade. A segunda se baseia na notificação de insetos pelos cidadãos. Após a notificação, é realizada a delimitação da área de transmissão, a coleta e a identificação.

Caso a pessoa identifique ou encontre algum inseto suspeito, deve entrar em contato com a Divisão de Entomologia, por meio do número (96) 99202-5814, para investigação da doença.

*Estagiário sobre supervisão da Secretaria Municipal de Saúde