Em alusão ao Dia Municipal dos Surdos, comemorado em 26 de setembro, Unidades Básicas de Saúde desenvolveram atividades preventivas de doenças auditivas. Durante a manhã, nas UBS’s Raimundo Hozanan, Coração e Rubim Aronovitch ocorreram palestras e orientações para evitar danos.
Além dessas atividades, na UBS Rubim, profissionais realizavam simulação de atendimento a surdos. De acordo com a coordenadora de Saúde da Pessoa com Deficiência, Thalyta Ferreira, o objetivo é sensibilizar a população para a inclusão dessa comunidade. “Buscamos com essas ações sensibilizar tanto os funcionários quanto os demais usuários para a inclusão desse público, mostrando que é possível estabelecer um contato eficiente, de modo que eles possam acessar os serviços de saúde como qualquer outro usuário”.
Nesse sentido, a Secretaria Municipal de Saúde promove desde 2016 cursos básicos em Libras para capacitar os profissionais para o atendimento. “Periodicamente, ofertamos cursos básicos em Libras, principalmente para os funcionários das recepções de unidades, para que saibam como proceder no atendimento. A próxima turma inicia no dia 7 de outubro e terá a participação de pelo menos dois servidores de cada UBS”, explicou Thalyta.
De acordo com a fonoaudióloga Raphaela Chaves, normalmente as pessoas confundem o surdo com alguém que tem deficiência auditiva. A primeira situação caracteriza-se pela total ausência da percepção da audição. Já as que sofreram uma perda leve ou moderada e têm parte da audição são consideradas deficientes auditivas. “As pessoas devem ficar atentas para os sintomas das perdas auditivas e que podem evitar um estágio avançado, uma perda auditiva leve não quer dizer que ele é surdo”.
De uma forma geral, as medidas de prevenção são fáceis de seguir: evitar situações contínuas de excesso de volume de sons, seja em ambiente ou por meio de uso de alguns equipamentos, como fone de ouvido. Orientações que o jovem Diego Torres absorveu atentamente. “Já é habito sair de casa e colocar os fones. Às vezes, acabo exagerando no volume, mas a palestra me serviu como um alerta para controlar e cuidar melhor da saúde auditiva”.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 432 milhões de adultos e 34 milhões de crianças têm dificuldades de audição no mundo, o que equivale a 10% da população mundial com alguma deficiência auditiva. A previsão é que, até 2050, 500 milhões de jovens e adultos terão perda auditiva devido ao uso de fones de ouvido.
Jamile Moreira
Assessora de comunicação/Semsa