A Prefeitura de Macapá e o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) lançaram nesta quarta-feira, 3, um projeto que visa o desenvolvimento de atividades educativas junto aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de Prestação de Serviço à Comunidade (PSC) e, em alguns casos, jovens com medidas socioeducativas cumuladas com Liberdade Assistida (LA). Com o nome Um parque em meu caminho, o projeto propõe que os reeducandos exerçam diversas atividades na Fundação Parque Zoobotânico.
Para o diretor-presidente do Zoobotânico, Erialdo Monteiro, essa atividade é uma das primeiras a serem desenvolvidas até que o local seja aberto. “Com essa parceria, esses adolescentes terão a oportunidade de conhecer a rica fauna e flora do local, além de ensiná-los como cuidar e tratar de um espaço desta natureza”. No município de Macapá, a coordenação das medidas socioeducativas em meio aberto é feita por profissionais dos dois Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), por meio do Serviço de Proteção e Atenção Especializada de Assistência Social à Família e Indivíduo (Paefi).
Para a secretária municipal de Assistência Social, Naldma Flexa, o projeto é uma forma de conciliar as medidas socioeducativas com atividades pedagógicas. “Com isso, iremos conseguir trabalhar o desenvolvimento das habilidades comportamentais de cada jovem. A iniciativa envolverá várias etapas. Nesse primeiro momento, trabalharemos sobre ética e cidadania”.
O projeto tem abrangência para 180 adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. O custo geral é de R$ 177.815,07. O período de execução é de um ano. “Temos recebido respostas positivas do poder público em todas as parcerias que fizemos. Infelizmente, com a iniciativa privada não está sendo assim. O projeto vem assegurar, além de um espaço para cumprimento da medida de PSC como, também, a oportunidade de profissionalização por meio de atividades ofertadas pelo Zoobotânico”, informou o juiz titular da Vara da Infância e Juventude, Luciano Assis.
O prefeito Clécio Luís lembrou que antigamente esses reeducandos eram colocados para cumprir essas medidas nas escolas, como se elas fossem o único ambiente propício para isso. “Agora, estamos levando esses jovens para fazer esse trabalho de ressocialização no Parque Zoobotânico. Como ele ainda está fechado, a primeira etapa será trabalhar um conteúdo de formação, no campo da ética e da cidadania; na segunda, eles passarão dois dias no local aprendendo sobre o espaço; e quando for reaberto, serão os recepcionistas, guias. Ou seja, eles estarão inseridos no dia a dia e no funcionamento do parque”.
Participaram também da solenidade os vereadores Maraína Martins e professor Rodrigo, e o promotor de Justiça da Infância e Juventude de Macapá, Alexandre Monteiro.
Adryany Magalhães
Assessora de comunicação/PMM
