Prefeitura de Macapá integra planejamento da XVII Parada do Orgulho LGBT

A prefeitura se reuniu nesta quarta-feira, 22, com os representantes do público LGBT para tratar sobre o planejamento da XVII Parada do Orgulho LGBT de Macapá.  O tema deste ano é “Eu sinto a transfobia: pelo fim da violência e por mais cidadania”, contemplando o segmento trans, que também é vítima da transfobia. A previsão é que o evento aconteça no fim de agosto.

 

“Temos uma proposta para promover uma reflexão acerca da intervenção do sujeito político LGBT na atual conjuntura, mediante o avanço do conservadorismo e o discurso de ódio e intolerância em pauta na sociedade. Atualmente, atravessamos um período de afirmações em defesa de um conservadorismo que estabelece e reafirma preconceitos oriundos e baseados em convicções religiosas, que interferem diretamente no avanço dos direitos civis historicamente conquistados”, enfatizou o coordenador do Departamento da Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho, Ivon Cardoso.

 

As entidades discutiram sobre o Projeto Executivo da Parada do Orgulho LGBT de Macapá, composição da comissão executiva e o calendário das reuniões. Estão previstas diversas programações que antecedem o dia da Parada LGBT, entre elas a abertura do mês com uma coletiva à imprensa, Oficina Parada do Orgulho LGBT, “Feijoadíssima”, Oficina de Prevenção DST/HIV/Aids e Hepatites, Quarta Lésbitinic e a Sexta da Diversidade.

 

A organização pretende repetir o sucesso do ano passado, onde levou um público de 10 mil pessoas para participar da manifestação. “Este ano, nossa expectativa é que mais de 12 mil pessoas nos acompanhem nessa caminhada”, reforçou o diretor de Relações Institucionais da União Nacional LGBT de Macapá, André Lopes.

 

O encontro contou com a presença da secretária municipal de Assistência Social e do Trabalho, Naldima Flexa, que colocou a prefeitura à disposição para contribuir em toda e qualquer atividade da XVII Parada do Orgulho LGBT de Macapá. “Vamos levar ao prefeito Clécio Luís todo o projeto e o planejamento desta organização, para que juntos possamos somar forças e nos integrar para o sucesso do evento”.

 

Segundo a pesquisa do Grupo Gay da Bahia, feito em 2010, a média geral é que a cada dois dias um crime de ódio contra homossexuais é praticado no país. O Brasil ocupa o primeiro lugar na lista de 25 países com mais de 200 assassinatos por ano. Além desses crimes, de ódio de caráter homofóbico, há violências dos mais variados tipos contra a população LGBT, as quais estão presentes nas diversas esferas de convívio social e constituição de identidades dos indivíduos. Suas ramificações se fazem notar no universo familiar, nas escolas, nos ambientes de trabalho, nas forças armadas, na Justiça, na polícia, em diversas esferas do poder público, onde se manifesta a homofobia institucional.

 

Diante dos dados alarmantes, é que o movimento LGBT tem organizado eventos, como a Parada do Orgulho LGBT, que acontece em vários estados brasileiros, que se caracterizaram em uma manifestação social em prol da garantia dos direitos civis da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. A principal reivindicação contida no evento tem sido o combate à homofobia e a “luta” pela conquista do reconhecimento e respeito à diversidade sexual, dentro de suas estratégicas políticas.

 

Lilian Monteiro

Assessora de comunicação/Semast