
Como forma de auxiliar no combate e controle da malária, a Prefeitura de Macapá emprestou duas bombas “Profog” para o Município de Mazagão. O equipamento será utilizado para desenvolver a atividade de borrifação, sendo esta uma importante ação no combate ao mosquito Anopheles, causador da doença. Até o momento, o município vizinho já confirmou 1.794 casos.
O ato é uma forma de tentar impedir o aumento de casos e, consequentemente, o número de pacientes em trânsito na capital. De acordo com o coordenador do Programa de Combate à Malária, as pessoas infectadas geralmente buscam os serviços de saúde na capital e acabam por proliferar a doença conforme são picadas novamente pelo mosquito. “A maioria dos casos que são confirmados em Macapá começa com algum paciente que veio de outro município buscar ajuda na capital, e acaba por proliferar a malária”, explica Jailson Ferreira.
Em Macapá, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) já confirmou 1.029 casos neste ano, uma redução de quase 1% comparado com o mesmo período de 2017. Para manter os índices, a Semsa mantém ações de controle com visitas domiciliares, borrifação e exames em todos os bairros da capital e distritos, evitando o surto da doença. Ainda de acordo com o coordenador, a confirmação dos casos já era esperada por conta de surtos que outros municípios estão vivendo, caso de Mazagão, Santana e Porto Grande.
A malária
É uma doença febril, transmitida pela picada de um mosquito infectado pelo Plasmodium, um parasita. No Brasil, a principal forma da doença é a vivax, mais branda, que oferece pouco risco de morte, 99% dos casos são registrados na Amazônia. Depois que o mosquito infectado pica uma pessoa, os parasitas vão primeiramente para o fígado. Nessa fase da doença, o doente pode sentir cansaço, fadiga e náusea. Depois, os parasitas caem na corrente sanguínea. É quando aparecem os principais sintomas da malária – febre alta, calafrios, tremores, suores excessivos e dor de cabeça. No começo, os sintomas podem ser diários. Depois, podem aparecer de forma cíclica, a cada dois ou três dias, por exemplo. (Fonte: Ministério da Saúde, SIVEP/Malária)
Jamile Moreira
Assessora de comunicação/Semsa