Prefeitura de Macapá apoia programação do Encontro dos Tambores

A Prefeitura de Macapá apoia a programação do Encontro dos Tambores, ação alusiva ao Mês da Consciência Negra, que acontecerá até 29 de novembro, no Centro de Cultura Negra do Amapá. Este ano, o Município investiu R$ 30 mil, por meio de Termo de Colaboração, cujo objetivo é dar apoio à realização do evento.

“Esse aqui é um momento histórico, cultural e tem um significado fundamental para as comunidades tradicionais. A gestão municipal, há cinco anos, além incentivar por meio de recursos financeiros para engrandecer a festa, está sempre presente valorizando e prestigiando as atividades do movimento negro”, ressaltou o diretor-presidente do Instituto Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Maykom Magalhães.

Na noite de quarta-feira, 22, houve culto afro, batuque, dança e fé com as apresentações das comunidades de religião de matriz-africana (mina, umbanda e candomblé). A atividade reuniu aproximadamente 200 praticantes deste segmento, onde pediram o fim da intolerância religiosa e do racismo no Amapá e no Brasil.

O proprietário da Casa Unzó Dandalunga Quicime, Pai Salvino de Jesus, ressaltou a relevância da participação das comunidades afro-religiosas no evento. “Para todos nós, é uma grande felicidade termos conquistado esse espaço juntamente com as outras comunidades. Desde os tempos da União dos Negros faço parte dessa programação e me sinto muito honrado em estar mais uma vez presente”.

O filho de Santo da Casa do Pai Armando de Mina Nagô, Juniel Oliveira, avaliou a presença dos umbandistas e candomblecistas terem espaço na programação. “Considero muito bom o fato de nossa religião está sendo destacada aqui nesse espaço. Viemos combater o preconceito racial, a intolerância religiosa e tirar essa ideia de que a nossa religião se pratica a macumba e o feitiço. Essas oportunidades são fundamentais para o conhecimento do público”.

No dia 30 deste mês, acontecerá o lançamento do Projeto Macapá Terreiro Legal. A iniciativa é da Prefeitura de Macapá e busca ajudar as casas de matriz africana a terem acesso aos direitos garantidos perante a Lei de Imunidade, Lei n° 1.499/2006, que fornece aos terreiros a isenção do IPTU do templo afro-religioso. O projeto tem outros desdobramentos, como o apoio às casas a serem regulamentadas perante o Município e também criar um mapeamento dos templos com suas especificidades na capital e na Lei 1.495/2006-PMM, de autoria do então vereador Clécio Luís, que institui no âmbito do município de Macapá o dia 8 de maio como data para comemorar e divulgar os cultos afros.

Cliver Campos

Assessor de comunicação/Improir