Mutirão de atendimentos para emissão de diagnóstico TEA atende mais de 100 crianças

Durante segunda etapa crianças foram avaliadas por equipe multiprofissional de fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e nutricionista

Por Claudia Leão - Secretaria Municipal de Saúde

Objetivo é diminuir tempo de espera para emissão do laudo de TEA | Foto: Renato Costa/Semsa

A Prefeitura de Macapá encerrou nesta sexta-feira (24) a segunda etapa do mutirão de atendimentos para avaliação, diagnóstico e emissão de laudo para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), no Centro Especializado em Reabilitação (CER), no Infraero I, Zona Norte da capital.

A primeira etapa foi realizada em novembro de 2022, quando foi realizada a anamnese e a coleta de dados com informações sobre a gestação da mãe e todo o neurodesenvolvimento da criança.

Nesta etapa, os pacientes são avaliados pela equipe multiprofissional composta por fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e nutricionista que serão responsáveis por elaborar relatórios de avaliação.

Para Mônica Pereira, mãe de um menino com diagnóstico para TEA, o mutirão é um alívio | Foto: Renato Costa/Semsa

A autônoma Mônica Pereira, de 21 anos, mãe de Vinícius, de 5 anos, busca o diagnóstico para TEA do filho desde que ele tinha 2 anos, após notar atrasos no desenvolvimento da criança. Ele já recebe acompanhamento no CER com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e neuropediatra.

“Não conhecia sobre TEA, só depois que eu comecei a investigar sobre o diagnóstico dele é que começamos a perceber que, com 2 anos, ele ainda não falava e não mantinha contato visual. Esse mutirão é um alívio, saber que alguém se preocupa e está fazendo essas ações e termos uma resposta definitiva sobre o diagnóstico dele para que ele receba o suporte que só o laudo pode proporcionar para ele”, disse.

Na próxima fase será a consulta com o neurologista ou psiquiatra infantil que serão responsáveis por avaliar cada paciente de forma individual e emitir o laudo com o diagnóstico da criança, usando como base os relatórios da equipe multidisciplinar.

Através desses atendimentos também será possível reduzir o tempo de espera pelo laudo de TEA. Os pacientes que participaram do mutirão aguardavam e foram contatados pelas equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), ao todo, 100 crianças foram avaliadas.

“Através da emissão do diagnóstico poderemos dimensionar e ter o quantitativo populacional de pessoas com TEA no nosso município, para que possamos criar propostas e políticas públicas que aumentem acesso aos serviços e intervenções adequadas”, explicou Joelma Ribeiro, coordenadora de atenção básica do município.

Ainda no primeiro semestre de 2023 devem ser realizadas outras edições do mutirão para atender crianças cadastradas na fila de espera da Semsa e que aguardam diagnóstico para emissão do laudo.

Além do CER, a rede municipal conta com atendimentos para casos do TEA no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi) e a Clínica Escola Coração Azul, uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Maria Luzia e o filho, Arthur, que participou do mutirão | Foto: Renato Costa/Semsa

A cuidadora Maria Luzia Costa, 42 anos, mãe de Arthur, 6 anos, busca há 4 anos o laudo que comprove o diagnóstico de TEA do filho. Para ela, o diagnóstico ainda na infância é essencial para garantir o desenvolvimento saudável do filho.

“Quando ele tinha 2 anos já notava alguns comportamentos diferentes nele, levei ao pediatra e o médico nos encaminhou para começarmos a investigação. O autismo é uma coisa nova que não conhecemos, muitos pais não aceitam, eu aceito e busco atendimento para que ele possa receber o acompanhamento de que precisa para se desenvolver corretamente”, ressaltou.