Macapá ganha ecopontos para recolhimento de óleo de cozinha usado

 

Uma nova fase do projeto de recolhimento de óleo de cozinha usado iniciou na sexta-feira, 22. A Prefeitura de Macapá instalou sete ecopontos para recolhimento do produto, doado tanto por empreendedores populares quanto pela população em geral. O projeto é coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec), com a parceria da empresa MDL Ambiental.

 

A iniciativa foi colocada em prática em fevereiro deste ano, quando a prefeitura fez o recolhimento desse material para a fabricação de sabão. Agora, em nova etapa, o Município instalou sete recipientes, com capacidade para armazenamento de mil litros.

 

Os ecopontos estão localizados no Mercado Central, balneário de Fazendinha e nas praças Beira Rio, Nossa Senhora de Fátima, da rodovia do Curiaú, Floriano Peixoto e Chico Noé. O produto será recolhido semanalmente pela empresa responsável e levado para beneficiamento, onde será transformado em sabão em barra e biodiesel. Parte do sabão produzido será doada para escolas e instituições.

 

A empreendedora popular Elizama Araújo, que trabalha há 17 anos vendendo batata frita na Praça Beira Rio, usa mensalmente cerca de 200 litros de óleo, sendo que a troca é feita a cada dois dias e precisa ser descartado. “É maravilhoso saber que agora temos onde descartar todo o óleo usado. Antes armazenava em um balde e depois misturava com lixo comum para o carro coletor levar. Agora não, com esse ponto de recolhimento fica tudo mais fácil”.

 

Outro empreendedor que logo descartou o óleo usado no ecoponto foi Manoel Andrade. Ele trabalha na Praça Floriano Peixoto há 2 anos. “A prefeitura está de parabéns! Mostra que se preocupa com a sustentabilidade de nossa cidade. Agora, cuidaremos para que todos aqui usem o ecoponto e descartem o óleo de maneira correta”.

 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Abrahão, acompanhou essa nova fase do projeto. “A instalação dos ecopontos e a implantação de uma política de reutilização econômica dos resíduos mostra que Macapá está decidida a ser uma cidade sustentável e que gere emprego e renda para sua população. Ficamos felizes com a implantação dessa primeira etapa. O nosso próximo passo é a política de reutilização do lixo das feiras de Macapá”.

 

Quando descartado de forma irregular, o óleo de cozinha pode trazer muitos prejuízos para a população. Quando é despejado no ralo da pia ou esgoto, provoca o entupimento das tubulações; e quando jogado diretamente no solo, causa a impermeabilização, evitando a drenagem das águas da chuva. Em ambos os casos, o resultado é o alagamentos de ruas e avenidas. O impacto é maior ainda em rios e lagos, pois um litro de óleo usado pode contaminar cerca de dez mil litros de água.

 

Aline Brito

Assessora de comunicação/Semdec