Feriado do dia da Pátria atrai consumidores para mais uma edição do projeto Peixe Vivo e Feira Verde

Em menos de quatro horas, mais de uma tonelada de tambaqui e pirapitinga foi vendida durante a 56ª Feira do Peixe Vivo, promovida pela Prefeitura de Macapá no bairro Congós, durante o feriado de 7 de setembro. Paralelamente à comercialização dos peixes, pequenos agricultores colocaram à disposição dos consumidores frutas e verduras a preços bem abaixo do mercado, nas barracas da Feira Verde.

A comercialização é a última etapa de um projeto que tem mudado a realidade das famílias agricultoras. Coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec), o Peixe Vivo abrange desde a abertura dos tanques, doação de alevinos, supervisão técnica, transporte até chegar às mãos da população. Com isso, tornou-se um canal direto entre produtores e consumidores, o que barateia o preço dos produtos e beneficia, principalmente, famílias de baixa renda com um alimento saudável e de qualidade.

 

Para o piscicultor José Rufino, 55 anos, da comunidade do Ambé, o grande diferencial é a atenção do Município aos produtores. “Eu só tenho o que comemorar. Esse projeto está sempre acompanhando a gente, desde o início até os pontos de venda. Isso é um progresso para nós. Se eu tivesse que pagar para transportar o meu produto, além dele não chegar com a mesma qualidade, sairia muito caro, não teria como transportar uma, duas toneladas de peixe vivo, sem oxigênio e sem todo esse cuidado que temos em parceria com a prefeitura”.

 

José Araújo, 47 anos, carrega o trabalho com a terra no sangue. Filho e neto de agricultores de hortaliças no distrito do Coração, sempre conviveu com atravessadores. “A gente acaba se acostumando, porque temos que comercializar o que plantamos. Esse apoio da prefeitura é muito importante, já que nossa produção é pequena e todo lucro faz diferença. Hoje, volto feliz porque tudo que ganhei aqui é para mim”, comemorou.

 

Lucros para os agricultores e piscicultores, e economia, em tempos de crise, na mesa do consumidor. O casal Rafael e Marcele Santana que o diga. Ela, professora, e ele, agente de segurança, se esforçam para equilibrar as contas. “Não é todo dia que podemos comprar peixe a 10 reais [o quilo] e alimentos tão baratos e com toda qualidade, fica bem mais leve no bolso”, disse a esposa.

 

Recentemente à frente da Semdec, o secretário Richardson Regio ressaltou a receptividade da população ao projeto. “Ele existe desde 2013, uma marca da gestão do prefeito Clécio Luís e bem recebido pela população, que sempre atende ao nosso chamado. Desenvolvemos não somente o Peixe Vivo, mas a feira, que é parte do cinturão verde, e toda a sua diversidade de produtos. Só hoje, temos aqui dez agricultores familiares e a tendência é atender com o projeto um número maior de agricultores e piscicultores. Temos a funcionalidade de fazer uma triagem com todos os cadastrados, dentro do nosso programa de atividades, para que todos possam ter sua participação”, ressaltou.

 

A meta da prefeitura é, dentro de um curto espaço de tempo, atender semanalmente diversas regiões da cidade para fomentar tanto a piscicultura quanto à agricultura do Município, intensificando as atividades, aumentando o consumo e gerando renda às famílias do campo.

 

Ruth Carrera

Assessora de comunicação/Semdec