Equipe técnica do Centro-Pop participa de capacitação sobre cuidados com pessoas em situação de rua

Durante dois dias, 8 e 9 de novembro, técnicos do Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População de Rua (Centro-POP) participaram da “Oficina de Educação Permanente: cuidados com pessoas em situação de rua”. O objetivo foi discutir e preparar a atuação das equipes na produção do cuidado com essa parcela da população em relação aos princípios das políticas de saúde (SUS), de assistência social (Suas) e sobre drogas.

 

A metodologia utilizada ressaltou a valorização da relação teórica e prática, e a interdisciplinaridade de ações envolvidas no processo ensino-aprendizagem, com debates, dinâmicas, trabalho em equipe, exposição dialógica e leitura de textos. Para o professor mestre da Fiocruz César Gustavo, a oficina serviu justamente para problematizar os modelos de atenção e gestão na produção do cuidado com as pessoas em situação de rua. “Temos que compreender a relação entre processos de trabalho interdisciplinares e intersetoriais para que possamos avançar em políticas públicas eficazes para este público”.

 

“Estamos tendo a oportunidade de falar, de nos enxergar dentro do sistema que precisamos e somos usuários. Apontamos o que pode ser melhorado, isso serve para nos dar autoestima e quem sabe sermos vistos de forma diferente pela sociedade”, relatou Bernado Maciel, que está em situação de rua. O diretor do Departamento de Trabalho de Promoção e Cidadania, Denison Guedes, disse que os dias de treinamento serão fundamentais para fazer e dar prosseguimento às ações de assistência social com os usuários que enfrentam problemas com drogas e álcool, e que estão na rua.

 

Além do Centro-Pop, participaram da capacitação equipes do Consultório na Rua, CAPS-AD, coordenações de Saúde Mental do município de Macapá e Estado e professor mestre da Fiocruz, Jonata Rospide.O Centro-POP é gerenciado pela Prefeitura de Macapá, é situado na Avenida Aurindo Borges na Zona Norte. As pessoas em situação de rua recebem atendimento psicossocial e participam de oficinas e outras atividades.

 

Lilian Monteiro/Asscom Semast