Um encontro com as representantes dos movimentos sociais e das associações de Mulheres Lésbicas celebrou o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, na manhã desta terça-feira, 29. O objetivo foi trocar experiências sobre os próximos eventos.
“Infelizmente, há muitos motivos que justificam a criação dessa data, pois nossa sociedade ainda ignora a realidade dessas mulheres, negando a representatividade lésbica em diversos espaços ou inviabilizando pesquisas e ações sociais próprias para a realidade delas. ‘Lutar’ pela visibilidade lésbica é ‘lutar’ contra a lesbofobia! Portanto, hoje é só mais um dia de ‘luta’ entre elas, que existem e resistem todos os dias”, explicou a coordenadora municipal de Políticas Públicas para Mulheres, Anne Pariz.
De acordo com a presidente da Articulação de Mulheres Lésbicas do Amapá, Regiane Susarte, esse dia representa toda “luta” que elas iniciaram há mais de 20 anos, em Macapá. “Só o fato de você se afirmar como mulher e lésbica são duas batalhas para enfrentar, até pelo fato de vivermos em uma sociedade machista, heteronormativa, sexista”.
A data
Esta data foi criada em 1996, durante a realização do 1º Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), organizado pelo Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro (Colerj). A partir de então, o dia 29 de agosto passou a representar um marco na “luta” das lésbicas pela visibilidade de seus direitos e posicionamento na sociedade como mulher e gay, enfrentando não apenas a homofobia, lesbofobia, mas também a misoginia.
Cliver Campos
Assessor de comunicação/CMPPM