Dinâmicas e roda de conversa focam em ações para tirar mulheres do ciclo de violência

Encontro ocorrido nesta segunda-feira, 19, abordou temas sobre os tipos de violência e a desconstrução de pensamentos machistas

Por Wellington Barros - Secretaria Municipal de Direitos Humanos

Roda de conversa realizada com as mulheres do bairro Infraero II na zona norte de Macapá | Foto: Wellington Barros/PMM

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH) realizou nesta segunda-feira (19) uma programação com o intuito de alertar e discutir os diversos tipos de violência sofridos pelas mulheres. A ação foi voltada para mulheres e aconteceu na Igreja Missionária Adorar Ministério do Ide, localizada no bairro Infraero II , na zona norte de Macapá.

Durante o evento, moradoras do bairro participaram de uma roda de conversa onde foram abordados sobre os tipos de violência para além da violência física, autocuidado, valorização e dinâmica para a desconstrução de pensamentos machistas. As atividades foram realizadas pela Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM) e o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram).

“A ação de hoje está dentro do nosso projeto que busca trabalhar a identidade da mulher, com o objetivo de intervir através de rodas de conversa, debates e dinâmicas para alertar e também identificar casos de violência doméstica”, ressaltou a coordenadora geral de políticas públicas para as mulheres, Socorro Marques.

Para que as mães pudessem ter mais liberdade na programação foram desenvolvidas tarefas lúdicas com os filhos delas: uma dinâmica intitulada “árvores dos valores”, que aborda valores essenciais para a educação e pintura, com estímulo psicomotor e incentivo a arte.

A psicóloga que atua no Cram, Ana Paula Pantoja, falou da importância de falar sobre os vários tipos de violência como forma dessas mulheres conseguirem se libertar do ciclo.

“A violência doméstica ainda é muito senso comum, muitas vezes elas estão no ciclo de violência e não sabem. Então a roda de conversa é para desmistificar esses sensos comuns, levando conceitos breves através de frases e ações que são utilizadas pelos agressores”, enfatizou a psicóloga.

Coordenadora Socorro Marques discursando para as mulheres durante intervenção terapêutica | Foto: Wellington Barros

A programação foi finalizada com a apresentação dos serviços oferecidos pelo Cram e com lanche oferecido para as mulheres e também para as crianças.

“Esse evento é muito importante e gratificante, pois vai ajudá-las a conhecer mais os seus direitos e receber ajuda e apoio psicológico de que precisam e motivação para empreender e buscar melhoria de vida”, contou a técnica de enfermagem e pastora da igreja onde aconteceu a ação, Irenilde Morais.