Cultura de paz é tema de rodas de conversa com mais de 600 alunos da Escola Aracy Nascimento

Pensando na sensibilização e participação efetiva das crianças no processo de perpetuação da cultura de paz dentro das escolas, a Secretaria Municipal de Educação, por meio da Divisão de Saúde do Educando (Dise/Semed), realizou nesta quinta-feira, 21, na Escola Municipal Aracy Nascimento, palestras, rodas de conversa e atividades educativas para discutir as problemáticas do bullying dentro do ambiente escolar com mais de 600 alunos dos dois turnos do ensino fundamental. As crianças tiveram a oportunidade de falar de temas considerados tabus normalmente pelos pais e professores, tratando de maneira consciente e objetiva sobre as consequências que os atos de violência física e psicológica podem ocasionar na vida dos seus colegas e de todos que são alvo de bullying.

O projeto é realizado desde o ano passado, quando foi trabalhado com os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Este ano, as atividades se voltaram para os jovens do ensino fundamental, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, que avaliou a vulnerabilidade psicológica das crianças em relação ao consumo de conteúdos de cunho violento graças ao fácil acesso através da internet. Este ano já foram 15 escolas atendidas pelo projeto. “O projeto já nos fornece resultados favoráveis. As próprias escolas nos procuram para trabalhar a temática e da mesma maneira nos fornecem os dados positivos que são alcançados através da natureza contínua desse trabalho”, explica o chefe da Dise, Cairo Pereira. 

 

Rodrigo Evangelista, 8 anos, está no 3º ano do ensino fundamental e explica que já foi alvo de bullying na escola, mas que soube lidar com a situação na época. Para ele, o assunto é sério e merece a atenção de todo mundo dentro da sala de aula. “Quando começaram a implicar comigo, falei com meus pais e minha professora, então logo parou. Eu acho que é importante todo mundo sempre conversar e explicar que é muito ruim apelidar e machucar os outros, não é legal ver nossos colegas chorando”, explica a criança. As crianças puderam debater e fazer relatos, além disso, o envolvimento de pais, professores e equipe técnica também é fundamental para o processo de reconhecimento e trabalho das questões problemáticas relacionadas à violência dentro das escolas. 

 

Rafaela Bittencourt

Assessora de comunicação/Semed