Casa Marluza proporciona confecção de artesanato como terapia aos acolhidos

A medida de proteção para crianças e adolescentes afastados do convívio familiar, seja por consequência de abandono ou cujas famílias ou responsáveis estão impossibilitados de cumprir sua função de cuidado, é provisoriamente dada ao Estado por meio do acolhimento. Atualmente, oito adolescentes vivem na Casa de Acolhimento Marluza Araújo (Cama), instituição vinculada à Prefeitura de Macapá.

Além de estudarem o ensino regular, eles também têm uma rotina de atividades dentro e fora da Casa. Filmes, jogos, tempo livre na quadra, passeios, rodas de conversas, cultivar na horta, dentre outras práticas fazem parte da rotina dos adolescentes. Contudo, se destaca o artesanato confeccionado pelos próprios moradores da instituição.

 

São chaveiros, canetas, vasos, fronhas, caixas para presente, bonecas de pano, pesos para porta feitos pelos usuários. O artesanato produzido por eles é vendido em feirinhas, quando estes são convidados; e na própria Casa, para quem tiver interesse ou for visitá-los. Os valores arrecadados são revertidos em cursos profissionalizantes, além de cobrirem os custos com materiais para produção artesanal.

 

A coordenadora da Casa Marluza, Lucirene Miranda, conta que a atividade de produção artesanal proporciona aos adolescentes canalizarem emoções. “Tira a ansiedade, pois eles estão confeccionando e contando a história deles também. Nessa atividade, ficam mais livres e criam a expectativa de retornar para o seio familiar”, destacou.

 

Os adolescentes acolhidos na Casa Marluza recebem acompanhamento multiprofissional 24 horas. A equipe de profissionais é composta por assistente social, pedagogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e educador social. Todo trabalho de assistência social na casa é voltado para o fortalecimento de vínculo destes adolescentes com suas famílias, e 90% dos casos são resolvidos. 

 

A faixa etária destes acolhidos é de 12 a 18 anos incompletos, com perfil de vulnerabilidade e risco social, transtornos mentais, encaminhados pela Vara da Infância e Conselho Tutelar. 

 

Sávio Almeida

Assessor de comunicação/Semast