O Departamento de Vigilância Epidemiológica de Macapá segue fazendo o acompanhamento de casos confirmados e suspeitos de doenças de chagas. Nesta terça-feira, 28, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) fizeram exames nos contatos diretos dos casos confirmados da doença. Até o momento, doze foram registrados e a principal probabilidade de transmissão da doença é o consumo de açaí contaminado.
Os casos mais recentes foram no bairro Pantanal, onde foram registrados três, e no conjunto Macapaba, com dois. Todos os pacientes já fizeram exames e estão em tratamento. A Vigilância Ambiental agora faz a busca ativa nas áreas onde os casos foram registrados para tentar encontra o vetor. “Quando existe a suspeita ou a confirmação de um caso de doença de chagas, automaticamente as vigilâncias se mobilizam para prestar apoio aos pacientes, bem como para localizar o vetor, que é o barbeiro”, disse a diretora da Vigilância Epidemiológica, Ingrid Martins.
Paralelo às atividades de acompanhamento aos doentes, a vigilância tem feito vistorias em batedeiras de açaí e recolhido amostra para análises de qualidade. “Esse trabalho é feito semanalmente, onde visitamos as batedeiras e encaminhamos as amostras para o Laboratório Central para que seja feita a análise. Nela será feita a classificação do produto como satisfatório ou não para o consumo quanto aos parâmetros estabelecidos pela legislação sanitária”, explica a coordenadora de Alimentos da Vigilância Sanitária de Macapá, Martiana Barros.
Durante a coleta, técnicos também orientam os manipuladores de alimentos sobre a necessidade de um maior comprometimento acerca das boas práticas de manipulação e armazenamento, de acordo com os princípios de higiene.
A Doença
É causada por um protozoário transmitido por meio das fezes de um inseto conhecido como barbeiro. A transmissão acontece quando o inseto pica a vítima ou por meio de ingestão de alimentos contaminados com as fezes do inseto. Há duas fases clínicas da doença de chagas: aguda, que pode ou não ser identificada, evoluindo para uma fase crônica, caso não seja tratada com medicação específica.
O tratamento tem duração média de 60 dias. Quanto mais cedo for feito o tratamento, maiores são as chances de cura da pessoa infectada. Uma pessoa infectada que seja diagnosticada na fase aguda e receba o tratamento adequado tem grande chance de cura.
Jamile Moreira
Assessora de comunicação/Semsa