“Aqui é meu Bairro”: Muca nasce de uma antiga área de ressaca em Macapá

Fotos: Cleito Souza

A prefeitura convida a população da cidade de Macapá a participar da consulta pública. Os interessados em conhecer, opinar e contribuir com este trabalho, que resultará na aprovação de uma Lei, deve enviar suas contribuições até 27 de agosto de 2020, por meio do cadastro e preenchimento do Formulário de Consulta Pública, pelo link: https://macapa.1doc.com.br/b.php?pg=wp/detalhes&itd=12.

De acordo com o arquiteto e urbanista José Alberto Tostes, até o final dos anos 80, a paisagem da área conhecida como Muca era praticamente rural. A maior parcela formada por bacias naturais. O nome Muca era o apelido do Sr. Guilhermino, que no ano de 1989, elabora um projeto de loteamento denominado de “Muca”. Nesta área havia poucas residências. As que existiam ficavam bem distantes uma das outras.

Pode-se considerar que o lugar guardava muita proximidade com os bairros mais próximos: Beirol e Buritizal. Ao final do ano de 1989, Macapá teve impulso grande por conta das atividades de algumas mineradoras, entre elas a Novo Astro, que explorava minério na região do município de Calçoene. Nos primeiros anos da década de 1990, Macapá passa a ter um crescimento avassalador, são muitos fenômenos que decorrem de uma vez só: a criação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana em 1992; a criação de vários municípios; a realização da primeira eleição oficial em dois anos antes para prefeito e governador; o crescimento de outros projetos minerais; a retomada da cooperação transfronteiriça com a Guiana Francesa, a partir de 1995.

Também neste período na região amazônica ocorre uma onda desenfreada sobre a criação de áreas de conservação, reservas e parques, cria-se, por exemplo, no Jari, a Resex, uma grande reserva extrativista. Novas áreas vão sendo ocupadas na cidade entre o final da década de 1980 até a metade dos anos de 1990. As áreas mais destacadas: Araxá, Congós, Novo Buritizal, São Lázaro, Nova Esperança, Cuba do Asfalto, Jardim Marco Zero e Muca, entre as principais.

Ocorreram duas mudanças cruciais que favoreceram a ocupação do hoje bairro do Muca. A Hildemar Maia foi aberta até a rodovia JK. Havia uma grande propriedade neste lugar, pertencente à família Braga, que foi desapropriada; e o outro fator foi a o alargamento da Santos Dumont e vinculação de conectividade com o Marco Zero, agregando na época com outros investimentos, o problemático conjunto habitacional do Conjunto da EGO e o loteamento proposto e aprovado pela Prefeitura Municipal de Macapá, denominado de “Muca”.

Secretaria de Comunicação de Macapá

Cliver Campos

Assessor de comunicação   

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