Acolhidos da Casa Marluza encerram módulo de curso de grafitagem

Abrigados da Casa Abrigo Marluza Araújo (Cama), ligada à Prefeitura de Macapá, encerraram o curso de qualificação social e profissional na área de artesanato. Com o encerramento do módulo, os abrigados grafitaram uma das paredes da instituição.

A oportunidade envolveu, inicialmente, seis adolescentes acolhidos no abrigo na confecção de bijuterias com sementes regionais e grafitagem. Durante o processo dos cursos, algumas crianças foram desacolhidas, retornando para as suas casas, restando assim apenas quatro para grafitar aquilo que os inspirava.

 

“Nossa intenção é fazer com que esses adolescentes, a partir do momento em que eles são desacolhidos, tenham uma perspectiva de vida. Tenham um curso técnico para que saiam da condição de vulnerabilidade e consigam adentrar na sociedade com uma formação”, salientou a diretora do Departamento de Trabalho e Promoção da Cidadania, Keila Lobato.

 

O curso reuniu teoria e prática em ambas as modalidades. Para praticar o que aprenderam no curso de grafite, os internos escolheram uma das paredes da Sala de Convivência da Casa Abrigo para aplicar a grafitagem, de acordo com a preferência de cada um. “Essa oficina é um aprendizado que despertou o lado profissional de cada um deles, sendo bom para a questão da autoestima. Eles conheceram a arte do grafite, uma arte urbana, de uma questão do indivíduo que manifesta em cada um deles o extravasar o estresse, ou seja, é um ato político e social”, destacou Lucirene Miranda, coordenadora da Casa Marluza.

 

O serviço é executado por intermédio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). Além do curso de artesanato, foram ofertados mais três para esse público, sendo eles na área de Agroextrativismo, com o módulo de Técnicas de Apicultura; Administração, também com dois módulos, o de Mediação de Conflitos e Métodos de Autocontrole e Informática; e Construção Civil.

 

Sávio Almeida

Assessor de comunicação/Semas

 

Foto: Ingra Tadaiesky