Dia da Visibilidade Trans é comemorado em Macapá com roda de conversa e ação de saúde

O Município de Macapá promoveu na noite de segunda-feira, 29, uma ação com roda de conversa e serviços de saúde para comemorar o Dia da Visibilidade Trans, celebrado nesta data. Aproximadamente cinquenta travestis e transexuais participaram do evento, que levou, além de respeito, dignidade e amor a esse público.

 

Para a diretora do Departamento de Promoção e Orientação da Diversidade Sexual, da Secretaria de Assistência Social e do Trabalho, Anne Pariz, a gestão municipal quer fortalecer a luta contra a transfobia e massificar o reconhecimento dessa população. “A intenção é dar visibilidade para a população trans e chamar a sociedade para entender que se faz necessário respeitar essa população. A prefeitura reconhece o dever e o compromisso de fazer com que a cidadania das pessoas trans seja respeitada no nosso município”, frisou.

 

Para a travesti Yasmin Magalhães, a luta é necessária. “Temos que lutar para termos acesso às políticas públicas. Esse evento mostra que o Município abraçou a nossa luta”, afirmou. A prefeitura assinou o Decreto Municipal n° 0134/2016, do uso do Nome Social de travestis, transexuais, que visa garantir o direito à identidade de gênero nos órgãos de administração pública municipal direta e indiretamente.

 

Em março de 2017, a gestão do prefeito Clécio Luís foi premiada com o Troféu Triângulo Rosa pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade de utilidade pública municipal de Salvador. O prêmio só foi possível porque a Prefeitura de Macapá, por decreto, garantiu o uso do Nome Social para travestis e transexuais na esfera municipal.

 

A identidade de gênero

 

De acordo com o Ministério da Saúde, identidade de gênero é diferente de orientação sexual. A primeira tem a ver com o modo com que a pessoa se identifica, ou seja, uma mulher é definida como tal pela mente feminina e não pelos órgãos genitais ou por quem sente atração. Assim, a identidade de gênero pode ser masculina, feminina ou transitar pelas duas. Ela difere da orientação sexual, que está ligada às relações emocionais, sexuais e afetivas.

 

Participaram da ação as equipes do Consultório de Rua/Semsa, Cram zona sul/CMPPM, Cras e da Mary Kay, com maquiagem. Foram exibidos documentários sobre diversidade, com relatos e poesias das Mulheres Trans.

 

Lilian Monteiro

Assessora de comunicação/Semast