A Prefeitura de Macapá realizou na tarde de domingo, 26, no Centro de Cultura Negra do Amapá, com o tema Juventude nas Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Enfrentamento do Racismo, o Encontro Municipal de Juventude Negra. O objetivo do evento foi dialogar junto à juventude negra sobre temas relevantes na atualidade das políticas públicas para a juventude e de promoção da igualdade racial, avaliar os avanços obtidos no município e os desafios a ser enfrentados, e propor recomendações para o enfrentamento ao racismo para fortalecer a construção do Plano Municipal de Igualdade Racial no município de Macapá.
O diretor-presidente do Instituto Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Maykom Magalhães, considerou simbólico, significativo e essencial para a gestão e para o movimento social da juventude negra. “A nossa tarefa hoje é começar a construir uma organização para lutar por aquilo que nos une, que é o combate ao racismo, as desigualdades e a intolerância religiosa. Espero que, a partir de hoje, possamos construir um grande movimento das juventudes negras e de outras juventudes, que possa fazer frente a essa política nacional conservadora, que vem nos afligindo, tirando as nossas conquistas e os nossos direitos. Não podemos recuar”.
A representante do Movimento da Juventude Afro do Amapá, Rebeca Nogueira, disse que a escola pública é um espaço favorável para dialogar sobre o combate às questões sociais e raciais. “Gostaria muito que cada segmento que está hoje aqui pudesse levar esse debate para dentro das instituições de ensino. É importante o jovem conversar com o outro jovem, pois a comunicação se torna mais compreensível. Foram muitos anos de luta dos nossos antepassados para sermos o que somos hoje”.
Jomar Junior, representante da Juventude dos Terreiros, também ressaltou que o debate sobre intolerância religiosa e preconceito racial deve ser fortalecido nas escolas. “Temos que exercer essa política dentro das instituições de ensino. O primeiro local que a gente sofre o racismo e a intolerância é dentro da escola. Quando fui estudante [na Escola Tiradentes], sofri esse tipo de preconceito e esse local já deveria ter uma política de combate ao racismo e a qualquer tipo de intolerância”.
Estiveram presentes 21 jovens do hip-hop, Marabaixo, Juventude dos Terreiros, Movimento da Juventude Afro do Amapá, Coordenadoria Municipal de Juventude e Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
Cliver Campos
Assessor de comunicação/Improir