Biólogo mobiliza amigos e recolhe óleo de cozinha usado para projeto da prefeitura

Sabe aquela expressão: cada um tem que fazer sua parte para termos um lugar melhor para viver? O servidor público do Estado e biólogo Luís Henrique Lopes resolveu fazer a sua parte após assistir à reportagem sobre o projeto piloto da Prefeitura de Macapá quanto ao recolhimento do óleo de cozinha usado para transformar em outros produtos.

 

Na quarta-feira, 5, Luís levou seu primeiro balde com o produto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec) para participar do projeto. O óleo foi recolhido da panificadora Cristiane, cuja proprietária é sua amiga e gostou da ideia, resolvendo colaborar. Ele também já mobilizou o condomínio onde mora e os vizinhos já toparam participar.

 

Como biólogo, Luís sabe da importância de não poluir os rios e as consequências que isso pode causar. Em sua casa tem uma horta e também faz a compostagem caseira dos resíduos, transformando em adubo para plantas. “Espero ser um bom exemplo para meu filho [Benício], que está com um ano e dez meses de idade. Acredito que, mais que palavras, são nossas atitudes que irão ensiná-lo a ser um bom cidadão. Quero garantir um lugar melhor para ele crescer”.

 

Para o titular da Semdec, Lucas Abrahão, são ações como esta, de Luís Henrique, que a Prefeitura de Macapá trabalha em sua campanha de sensibilização aos munícipes, de pertencimento do lugar onde moram. “Começamos o projeto no aniversário da cidade, mobilizando os empreendedores populares quanto ao descarte correto do óleo. Estamos abertos a receber a colaboração de todos. Quem puder fazer a mesma coisa que Luís, pode trazer ao prédio da Semdec”.

 

O óleo recolhido foi encaminhado ao Laboratório de Biologia da Universidade Federal do Amapá, parceira da prefeitura no projeto, que será transformado em produtos de limpeza (como sabão), que serão doados às escolas municipais e Unidades Básicas de Saúde. Uma equipe da Semdec estará fazendo pesquisa de aceitação dos produtos com os usuários.

 

De acordo com dados do Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE), em todo o país, 85% do óleo de cozinha consumido é descartado erroneamente pelo sistema de esgoto e somente 2,5% a 3,5% do óleo vegetal comestível é reciclado. Isso faz com que o produto chegue aos rios e lagos, e inicie seu ciclo de contaminação.

 

Pérola Pedrosa

Assessora de comunicação/Semdec