A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec) e a Coordenadoria de Habitação de Macapá cadastraram 116 moradores que comercializam produtos alimentícios, artesanatos e outros no Conjunto Mucajá, localizado no bairro Beirol. Também foi feita uma pesquisa socioeconômica para verificar quais produtos, valores e condições dos vendedores.
De acordo com o diretor do Departamento de Estudo de Mercado e Capacitação, José do Carmo, o objetivo é organizar essas atividades comerciais. “Estamos avaliando o tipo e o perfil desses empreendedores. Não queremos proibi-los de fazer suas vendas, mas, sim, garantir um espaço mais organizado e padronizado para que não fique uma bagunça no residencial”. Pela regra, os imóveis não podem ser transformados em pontos comerciais ou modificados. Mas, a Prefeitura de Macapá quer garantir um local no conjunto para ser feito um centro comercial onde os cadastrados possam fazer suas atividades.
A coordenadora Operacional do Comitê Gestor do Programa Minha Casa, Minha Vida de Macapá, Márcia Lima, informou que a área do conjunto ainda pertence à União, que fará a doação para a prefeitura. Em conjunto com a Semdec, estão pensando em criar um centro econômico, pois no projeto original haveria na planta uma praça e um espaço para isso. “Estamos vendo emendas federais para criar esse centro e decidiremos o local junto com os moradores”.
De acordo com o secretário Lucas Abrahão, enquanto não fica pronto o centro, os moradores receberão capacitação tanto na área de negócios quanto na de atendimento, higiene e segurança. “Nossa intenção é fazer um diagnóstico sobre o que está sendo comercializado e ajudá-los a melhorar seu serviço e fazer com que cresçam seus empreendimentos, deixando assim a informalidade”.
Para a moradora Zulmira Santos, que vende açaí, a intenção do centro é perfeita, pois, segundo ela, alguns vizinhos reclamam do barulho. Mas se defende, pois antes de morar no conjunto já vendia açaí na área do Mucajá. “Sou chefe de família, criei meus quatro filhos fazendo serviços de limpeza e vendendo meu açaí. Fico contente em poder fazer um curso que possa me ajudar a desenvolver meu serviço e um local seria muito bom para não ter reclamação”.
Pérola Pedrosa
Assessora de comunicação/Semdec