Prefeitura retira moradores que invadiram área do incêndio no Perpétuo Socorro

A Prefeitura de Macapá conseguiu retirar 12 famílias que invadiram a área do incêndio, no bairro Perpétuo Socorro, durante a manhã desta segunda-feira, 7. O sinistro ocorreu em outubro de 2013. Antes da ação de desocupação da área, que pertence ao município, os moradores foram notificados há mais de quatro meses para desocupar o local e não construir moradias, mas não atenderam a recomendação.

 

Uma equipe da Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social e do Trabalho (Semast), Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Semduh), Conselho Tutelar e Secretaria de Meio Ambiente foi até o local para cumprir a retomada. No entanto, os agentes da prefeitura foram surpreendidos por mais pessoas ocupando a área de forma irregular.

 

Durante a ação, que foi pacífica, as assistentes sociais da Semast fizeram o levantamento socioeconômico e foi possível verificar que 24 famílias ocupavam o local. Além disso, foi detectado que das 24 apenas 3 famílias não recebem o recurso do Programa do Benefício Eventual Aluguel Social, sendo que somente 7 são de responsabilidade do Município, todos com o Aluguel Social em dia. Os outros moradores que recebem o benefício do Estado alegam que o mesmo estaria em atraso há cinco meses.

 

O autônomo Orlando Paixão Monteiro, 45 anos, disse que já estava morando cerca de dois meses no local. “O nosso Aluguel Social é pago pelo Governo Estadual e está atrasado cerca de cinco meses. Por isso, viemos para cá, sabemos que estamos errados, mas perdemos a nossa casa no incêndio”. A maioria das famílias identificadas está cadastrada para morar no Conjunto Macapaba II, que é de responsabilidade do Estado.

 

A área da invasão é situada entre as avenidas Ana Nery e Pedro Américo. A Prefeitura de Macapá já tem projeto para o terreno e pretende construir, em parceria com o Governo Federal, mais um conjunto habitacional. “A prefeitura está prestando todo auxílio às famílias. Nosso objetivo não é desalojar ninguém, mas identificamos que as famílias recebem o benefício e estão de forma irregular no espaço”, declarou a titular da Semast, Suênia Bezerra.

 

Lilian Monteiro/Asscom Semast